A tentativa de encontrar uma turista desaparecida na terça-feira no mar na ilha das Flores começaram esta quinta-feira às 08h00 locais, com a agitação marítima a obrigar à retirada da embarcação envolvida nas buscas, feitas agora apenas por terra.

O capitão do Porto de Santa Cruz das Flores disse à agência Lusa que as buscas começaram às 08h00 (09h00 no continente), com praticamente todo o dispositivo utilizado na quarta-feira, mas “as vagas de cerca de quatro metros e com tendência a crescer” obrigaram à retirada da embarcação envolvida na operação.

“Esta manhã largou a lancha da autoridade marítima sediada nas Lajes das Flores em direção à área das buscas, contudo, fez-se sentir um agravamento do estado do tempo, designadamente do estado do mar, com forte agitação marítima no local, de modo que a embarcação não tinha condições para continuar as buscas “, disse o comandante Rafael da Silva.

Segundo este responsável, as buscas vão ser feitas “apenas via terrestre” junto à orla costeira, com o apoio dos Bombeiros Voluntários das Lajes das Flores e com o apoio da GNR.

“Já não contaremos com o apoio da Força Aérea Portuguesa nas buscas, porque tal também não se justifica, em primeiro lugar atendendo à evolução da operação e, também, ao agravamento do estado do tempo”, afirmou.

Apesar do cenário, o comandante Rafael da Silva confirmou que a intenção é manter as buscas ao longo do dia de hoje, fazendo-se posteriormente uma avaliação face “à evolução da situação”.

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O alerta para o desaparecimento de uma turista estrangeira com cerca de 30 anos, na Fajã Grande, foi dado por um familiar às 15h20 de terça-feira.

“Foi contactado o 112, que informou o Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada. Começámos a deslocar meios e, às 15h45, chegámos à área de busca”, disse Rafael da Silva.

Nesse dia, foi empenhada uma embarcação da Autoridade Marítima, mas dado o estado “muito alteroso [do mar] não houve condições” para o trabalho de outras embarcações, adiantou o responsável.

O capitão do porto de Santa Cruz das Flores salientou que este “incidente resulta de um comportamento perigoso, em concreto a entrada no mar quando este se encontrava muito alteroso”, com quatro metros de vaga.