O ex-ministro da Defesa afasta do horizonte próximo a discussão da liderança do PSD, “este não é o momento”, mas José Pedro Aguiar-Branco também assume que esta é a altura para o partido olhar para o futuro, em termos de discurso político. Coloca alguma expectativa no resultado das próximas autárquicas, colocando como meta que o PSD consiga mais câmaras do que o PS, e admitindo que o resultado dessas eleições deve ter “uma leitura alargada. Em política, tudo são sinais que devem ser interpretados”.

Em entrevista ao jornal i, disponível na edição imprensa, o social-democrata valida a estratégia do presidente do partido, Pedro Passos Coelho, dizendo em que há uma fase em que “é correto” concentrar o discurso no passado, embora admita que está na altura “de virar para o futuro”. Ainda assim, Aguiar-Branco garante: “Nunca serei o António Costa do PSD”. Ou seja, não desafiará a liderança do atual líder do partido, como Costa fez com o seu antecessor no PS, António José Seguro. E diz mesmo que “não faz sentido colocar a questão” da discussão da liderança do PSD, “omomento da discussão não é este”, diz sem arriscar quando será altura para isso, “se no termo do mandato [de Passos], se numa altura de avaliação das circunstâncias políticas do momento”.

Um dos momentos em que pode ocorrer essa avaliação são as autárquicas de 2017, e Aguiar-Branco diz que o PSD “concorre para ter mais vitórias no maior número de câmaras”, repetindo a meta: “É importante ter o maior número de câmaras”. E assume que “as autárquicas devem ter uma leitura alargada e que, na política “tudo são sinais que podem ser interpretados”, ainda que não se pode extrapolar o resultado “para momentos nacionais.

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