O Conselho de Segurança da ONU pediu, esta quinta-feira, ao presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, que “proceda à nomeação do primeiro-ministro consensual o mais cedo possível”.

O Conselho de Segurança reuniu-se à porta fechada para ouvir o representante especial do secretário-geral e líder do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Modibo Ibrahim Touré, descrever os mais recentes desenvolvimentos no país.

“Os membros acolheram o acordo e a implementação do plano da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e convida todos os envolvidos a não pouparem esforços para a sua total e atempada implementação”, revelou a organização num comunicado.

Os principais atores da crise política na Guiné-Bissau chegaram a um acordo, a 10 de setembro, com a criação de um novo Governo integrado por todos os representantes guineenses, parte de um plano de seis pontos desenhado pela CEDEAO.

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“Os membros expressaram apoio ao consenso alcançado no processo de nomeação de um novo primeiro-ministro e na formação de um Governo inclusivo””, lê-se ainda no comunicado.

O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau vai ser anunciado na próxima semana pelo Presidente da República, declarou esta quinta-feira o chefe de Estado, José Mário Vaz.

O Conselho de Segurança “lembrou ainda que a implementação do acordo pode restaurar a confiança dos parceiros e permitir à comunidade internacional cumprir as promessas feitas em Bruxelas durante a conferência de parceiros para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.”

Segundo o acordo da CEDEAO, uma das tarefas essenciais do novo Governo de unidade nacional será uma revisão da Constituição.

O Executivo ainda tem a cargo outras funções: a reforma da lei eleitoral, da lei-quadro dos partidos políticos e do setor militar.