A venda de veículos comerciais é tradicionalmente uma forma de medir o pulso à actividade económica e, na Europa, ela cresce há 21 meses consecutivos. Em Setembro e considerando exclusivamente os países da União Europeia (EU), a procura de novos comerciais voltou a subir, desta vez 6%, valor interessante mas ainda assim abaixo da média dos primeiros nove meses de 2016 (13,1%).

Para este desempenho num mercado onde, apenas num mês, se transaccionaram 220.781 veículos de trabalho, entre ligeiros, médios, pesados e autocarros, muito contribuíram mercados como o italiano, cujas vendas aumentaram 46,3%, sendo de destacar os maus desempenhos dos maiores mercados na EU, Reino Unido e França, onde as quebras foram de 0,9% e 1,1%, respectivamente. De realçar que a Alemanha, o maior mercado europeu mas apenas o terceiro no consumo deste tipo de modelos, cresceu somente 5,1%, continuando abaixo da média e comprovando a desaceleração já observada nos últimos meses.

Com um crescimento de 17,4%, Portugal revelou uma vitalidade acima dos seus congéneres europeus, tendo colocado no mercado 3483 novos modelos, contra 2967 no mesmo mês, há um ano atrás. Este valor contribui para um resultado positivo nos primeiros nove meses do ano de 16,1%, mais uma vez acima da média na EU.

Por sector, o nosso país revelou uma performance particularmente fraca no consumo de novos autocarros, que cresceu apenas 5,6%, para uma média nos nove meses de 30,1%, tendo crescido 22,4% nos comerciais acima das 3,5 toneladas, valor similar ao obtido nos modelos acima das 16 toneladas (21,2%). Contudo, é nos comerciais ligeiros que o mercado nacional atinge o maior volume de vendas – 2984 dos 3483 veículos transaccionados em Setembro –, sector que cresceu 16,7%, ligeiramente mais do que a média de 2016 (15,3%).

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