Junko Tabei morreu na passada quinta-feira devido a um cancro num hospital de Saitama, nos subúrbios de Tóquio, mas a família só tornou o facto público este fim de semana.

Nascida em Fukushima (nordeste do Japão), Junko Tabei alcançou o cume mais alto do mundo (8.848 metros a 16 de maio de 1975), aos 35 anos, e viria a tornar-se, em 1992, na primeira mulher a conseguir completar os sete cumes mais altos do mundo.

Junko Tabei, formada em Literatura Inglesa, fundou em 1969 o “Clube de Montanha para Mulheres do Japão”.

Junko Tabei em 1975, numa demonstração de montanhismo em Frankfurt (Photo by Keystone/Hulton Archive/Getty Images)

Junko Tabei em 1975, numa demonstração de montanhismo em Frankfurt (Photo by Keystone/Hulton Archive/Getty Images)

Escalou picos em mais de 60 países e mesmo depois de completar 70 anos continuou a viajar para o estrangeiro, de forma regular, para fazer montanhismo cinco ou seis vezes por ano, de acordo com a agência Kyodo.

Autora de inúmeros livros, incluindo uma biografia em que se definiu como uma “dona de casa que escala montanhas”, conquistou, em 2008, o prémio “Mountain Hero” de um instituto com sede em Washington.

Após o terramoto e tsunami de março de 2011, que arrasou o nordeste do Japão, Tabei começou a promover subidas às montanhas da prefeitura de Fukushima, onde nasceu e uma das mais afetadas pelo desastre.

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