A Comissão de Trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) manifestou esta terça-feira o seu “descontentamento e indignação” por a proposta do Orçamento de Estado para 2017 (OE2017) manter os congelamentos salariais e não prever a atualização dos vencimentos.

Os trabalhadores da STCP estão a ser severamente penalizados desde o ano de 2010, onde além dos congelamentos já conhecidos, no ano de 2012 viram-se privados do subsídio de férias e de Natal, como também a sucessiva desvalorização dos seus salários desde 2009 até à presente data, pelo motivo de não ter havido qualquer atualização dos mesmos”, referiu em comunicado enviado à Lusa.

Para a comissão, os trabalhadores não podem continuar a ser presenteados com “uma mão cheia de nada” porque, dizem, “não é com esse presságio que alimentam os filhos”.

Ao manterem os congelamentos salariais, nomeadamente diuturnidades, ao não atualizarem salários ou ao não permitirem as progressões na carreira provocam o bloqueamento da contratação coletiva, contrariamente ao que o atual Governo PS se tinha comprometido.

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Apelo a todos os decisores políticos que revejam estas matérias até à aprovação do documento final, no sentido de que seja possível a manutenção da paz social na STCP”, salientou.

Caso contrário, os trabalhadores garantem que não lhes restará outra alternativa que não seja a contestação das medidas.

Na semana passada, o Presidente da República promulgou os decretos que alteram os estatutos da STCP e da Metro do Porto, bem como as bases da concessão do sistema de metro ligeiro.

Esta promulgação ocorre depois de a Assembleia da República ter aprovado várias alterações apresentadas pelos socialistas à legislação sobre os transportes urbanos do Porto, antes vetadas por Marcelo Rebelo de Sousa.

As alterações foram aprovadas em 28 de setembro pelo PS, Bloco de Esquerda, PCP, “Os Verdes” e o PAN (Pessoas Animais e Natureza).