Mais de 10 anos. É esta a idade média dos 717 veículos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que, nos primeiros oito meses do ano, precisaram de mais de 5.000 reparações, com um custo de três milhões de euros para o INEM, noticia o Jornal de Notícias. Só no caso das VMER (viaturas médicas de emergência e reanimação), foram feitas 1.247 reparações, que originaram um tempo de paragem total de 5.630 dias.

Ao JN, o presidente do INEM, Luís Meira, confirmou que “a frota está num estado deplorável” e o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar garantiu que as ambulâncias avariam muito e sublinhou a importância de adquirir novos meios.

Esta terça-feira, o Ministério das Finanças anunciou que vai libertar uma tranche de 9,7 milhões de euros para renovação da frota, o que fica, segundo o JN, aquém das necessidades do INEM, que exigem um gasto de 29 milhões de euros.

Estas verbas provêm do saldo de gerência do INEM e foram, ao fim de meses, descativadas pelas Finanças. Acontece que, de acordo com uma fonte do setor, desde o momento que se pensa em lançar um concurso para aquisição de viaturas novas — que ainda para mais precisam de ser adaptadas — até estas estarem no terreno, pode passar um ano. E as verbas, relativas aos saldos de gerência, têm de ser utilizadas até ao final ano civil, voltando a ficar cativadas depois disso.

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