O indicador de confiança dos consumidores voltou a aumentar em outubro, após ter subido em setembro e diminuído nos três meses anteriores, e o clima económico diminuiu ligeiramente, mantendo-se próximo dos dois meses anteriores, divulgou esta sexta-feira o INE.

De acordo com os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores do Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores (calculado através de inquéritos a particulares) recuperou em outubro para os -11,6 pontos (-12,4 pontos em setembro e -13,3 pontos em agosto).

“O aumento do indicador de confiança dos consumidores nos últimos dois meses deveu-se ao contributo positivo de todas a componentes, perspetivas relativas à evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar, da poupança e do desemprego”, refere o INE.

O indicador de clima económico (calculado através de inquéritos a empresas de vários setores de atividade), por sua vez, diminuiu “de forma ténue” em outubro, para os 1,3 pontos, mas “manteve-se próximo dos valores registados nos dois meses anteriores” (1,4 pontos em setembro e 1,3 pontos em agosto).

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“Em outubro, o indicador de confiança aumentou na indústria transformadora e na construção e obras públicas e diminuiu ligeiramente no comércio e nos serviços”, reporta o INE.

Segundo o instituto, o indicador de confiança da indústria transformadora “aumentou, após ter estabilizado no mês anterior, verificando-se um contributo positivo dos saldos das perspetivas de produção e das apreciações sobre a evolução dos ‘stocks’ de produtos acabados e um ténue agravamento das opiniões sobre a procura global”.

Já o indicador de confiança da construção e obras públicas tem vindo a aumentar desde julho, “o que no último mês resultou da evolução positiva das opiniões sobre a carteira de encomendas”, enquanto o indicador de confiança do comércio “diminuiu ligeiramente em outubro, após ter aumentado desde abril, refletindo o contributo negativo do saldo das opiniões sobre o volume de vendas”.

Quanto ao indicador de confiança dos serviços, também diminuiu ligeiramente em outubro, depois de ter aumentado nos dois meses anteriores, “devido ao agravamento das perspetivas sobre a evolução da procura e das apreciações sobre a atividade da empresa”.

Os indicadores de confiança do INE são calculados através de médias móveis de três meses dos saldos de respostas extremas a inquéritos. Um número negativo significa que houve mais respostas pessimistas do que otimistas.

Não considerando médias móveis de três meses, o indicador de confiança na indústria transformadora recuperou em setembro.