Depois de um grupo de arqueólogos de Atenas ter levantado pela primeira vez a laje de pedra que cobria, há cerca de 500 anos, o lugar onde segundo a tradição cristã Jesus Cristo foi sepultado, foi agora revelado o que estava no interior do túmulo. Debaixo da laje e de uma camada de material de enchimento, os investigadores encontraram uma nova laje de pedra, com uma cruz desenhada. Segundo a National Geographic, esta será a pedra em que Jesus foi deitado, depois de retirado da cruz.

“Estou absolutamente maravilhado. Os meus joelhos estão a tremer, porque não estava à espera disto”, assegura à publicação o arqueólogo Fredrik Hiebert, responsável pela investigação. “Não conseguimos dizer a 100%, mas parece ser uma prova visível de que a localização do túmulo não foi alterada ao longo do tempo, algo que os cientistas e os historiadores questionavam há décadas”, acrescenta.

Esta é a Pedra Santa que foi venerada durante séculos, mas só agora pode ser vista“, diz a supervisora científica da investigação, Antonia Moropoulou.

Em termos científicos, ainda é impossível confirmar que se trata mesmo da laje em que Jesus Cristo esteve deitado, mas as evidências apontam para essa explicação. No ano 325, o imperador romano Constantino, que se tinha convertido ao Cristianismo, mandou um conjunto de emissários a Jerusalém para procurarem o local do túmulo de Jesus, e foram encaminhados para um templo que o imperador Adriano tinha construído 200 anos antes.

Segundo a tradição, Adriano construiu o templo em cima do local onde tinha sido sepultado Jesus para reafirmar o domínio romano sobre os cristãos. Constantino mandou destruir o templo e procurar a sepultura. Depois, mandou construir uma igreja em torno da rocha, para a proteger. Essa igreja seria destruída no século XI, sendo substituída depois por uma nova construção — a atual Igreja do Santo Sepulcro.

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