A China vai precisar de cerca de 6.000 novos aviões, até 2035, devido ao contínuo aumento do tráfego de passageiros, que converterá o país no líder mundial do setor, anunciou hoje o fabricante aeronáutico Airbus.

No conjunto, o valor daquelas encomendas ascende a 945.000 milhões de dólares (861.600 milhões de euros) – cerca de três vezes o Produto Interno Bruto português – e representará 18% da procura mundial, detalha a empresa em comunicado.

O estudo da Airbus sobre o mercado de aviação nos próximos vinte anos refere ainda que as encomendas da China alcançarão, entre navios de passageiros e de carga, as 4.230 aeronaves de corredor único e 1.740 “wide body” (de fuselagem larga).

Com um crescimento anual médio de 6,8%, ao longo dos próximos 20 anos, o país asiático converter-se-á no líder mundial do setor, albergando cinco das principais ligações aéreas do mundo.

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O tráfego aéreo doméstico de passageiros na China “quadruplicou nos últimos dez anos e vai converter-se no principal mercado de aviação do mundo”, refere no comunicado o diretor de Operações e da Área dos Clientes da Airbus, John Leahy.

A Airbus é atualmente a fabricante de metade da frota ativa de aviões na China. No caso das aeronaves de fuselagem larga aquela quota atinge os 55%.

O mesmo estudo indica que a propensão da população chinesa para recorrer às ligações aéreas aumentará desde a média atual de 0,3 viagens anuais por pessoa, em 2015, para 1,3, em 2035, impulsionado pelo aumento da riqueza e do consumo privado.

Durante a visita que o primeiro-ministro António Costa fez à China, no mês passado, o Turismo de Portugal e o grupo chinês HNA assinaram um protocolo para iniciar a primeira ligação aérea direta entre a China e Portugal.

A ligação, com arranque previsto para junho de 2017, contará com três a quatro frequências por semana, segundo o Turismo de Portugal.