A artista plástica Joana Vasconcelos está a preparar dois “projetos de grande escala”, que levam novamente corações para fora de Portugal, desta vez para um hotel de Macau e para uma estação de metropolitano de Paris.

No seu atelier, em Lisboa, com vista para o rio Tejo já é possível ver esboços e até mapas de partes do projeto para o 18.º bairro de Paris, onde será colocado um coração gigante, feito de azulejos e luzes.

O projeto de Paris é para a Porta de Clignancourt e é um coração feito de azulejos, com ‘led’s’, que se move” e que será colocado à saída da estação do metro, que serve nomeadamente a ‘feira da ladra’, ou o seu correspondente ‘mercado das pulgas’, de Saint Ouen.

À agência Lusa, a artista indicou tratar-se de um projeto da cidade de Paris, que deverá estar pronto no início de 2018.

Quase finalizada, está a peça desenhada para a entrada de um hotel de Macau, denominada “Louis XIII”, que é também um coração, mas realizado em têxtil e com luzes.

A tecnologia tem-se repetido nas peças, admite Joana Vasconcelos, que assume uma “nova fase do seu trabalho“, incluindo o gigante galo de Barcelos, que estará até ao final do mês na Ribeira das Naus, em Lisboa, no âmbito da realização da conferência de tecnologia Web Summit.

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A peça de dez metros de altura e mais de três toneladas de peso tem incorporado um código QR, que permite ao público escolher a cor que o galo pode assumir, pelo que a artista afirmou ser esta uma “ponte entre o passado, a tradição e o futuro“.

Apesar da utilização de materiais tecnológicos, os símbolos nacionais continuam a ser marcantes, como explica Joana Vasconcelos.

Portugal é de onde eu sou, é a minha fonte de influência, de inspiração, e, de alguma maneira, há uma responsabilidade de também levar aquilo que é nosso, reposicionar, redimensionar e dar uma perspetiva, obviamente pessoal/artística sobre o que eu absorvo da minha cultura e aquilo a que eu posso ajudar a que ela se transforme.