A vice-presidente do PSD e ex-ministra das Finanças insiste, em entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, que é necessária uma reforma profunda para resolver um problema de sustentabilidade que aponta à Segurança Social, e dá a mão ao PS dizendo que para resolver esta questão é preciso um acordo de médio prazo entre as principais forças políticas. Deputada admite apresentar proposta para reduzir a taxa de IRC.

Não o fez na discussão do Orçamento do Estado para 2016, insistindo antes numa estratégia predefinida de chumbo das propostas do orçamento e de abstenção nas propostas de alteração, independentemente das propostas. Este ano a estratégia vai ser diferente: haverá propostas, mas estruturantes. O maior partido da oposição vai voltar a fazer oposição ao Orçamento com alternativas.

Em entrevista ao Público e à Renascença, Maria Luís Albuquerque insta os restantes partidos a sentarem-se para discutir a sustentabilidade da Segurança Social sem pré-condições e argumenta que, mesmo não tendo havido até agora condições políticas para discutir o tema, tem de se continuar a tentar encontrar uma forma de os principais partidos conversarem: “esse entendimento não tem sido possível, o que não significa que não devamos continuar a tentar”.

Sobre a banca, a deputada social-democrata diz que dificilmente se encontrará uma solução para o malparado que passe pela criação de um fundo que seja financiado pelos bancos ou pelo Estado, já que nenhum deles tem margem financeira para o fazer. Maria Luís Albuquerque diz mesmo que a ideia de que o problema da economia é falta de crédito é errada e ataca o atual Governo, dizendo que lhe falta estratégia e ambição, o traço que diz mais marcar a proposta de Orçamento que o Parlamento começa a debater esta quinta-feira.

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