Donald Trump anunciou oficialmente a sua entrada na corrida pela Presidência dos Estados Unidos em março de 2015, Hillary Clinton esperou apenas um mês para se candidatar também. Há mais de ano e meio que o magnata de Nova Iorque e a advogada de Chicago entram pela nossa casa dentro como os possíveis líderes de uma das maiores nações do mundo. Muitos escândalos depois, apupos e palmas, sondagens e ideologias depois, o obsessivo-compulsivo, Trump, e a vencedora de um Grammy, Hillary, continuam a guardar segredos para o mundo. Estes são seis deles.

O que se calhar não sabe sobre Trump

MESA, AZ - DECEMBER 16: Republican presidential candidate Donald Trump peers out into the crowd during a campaign event at the International Air Response facility on December 16, 2015 in Mesa, Arizona. Trump is in Arizona the day after the Republican Presidential Debate hosted by CNN in Las Vegas, Nevada. (Photo by Ralph Freso/Getty Images)

Créditos: Ralph Freso/Getty Images

Não bebe álcool

Donald Trump pode agarrar em várias coisas de forma indiscreta e até começar escândalos com isso, mas em copos de álcool nunca lhe viram sequer a tocar. É que o candidato republicano não bebe desde que o seu irmão, Fred, morreu aos 41 anos vítima de doenças provocadas pelo alcoolismo. Foi o que Trump confessou em 2015 numa entrevista à revista People.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

É obcecado por limpeza

Qual pode ser o maior inimigo de um milionário? Os germes. Donald Trump parece estar à beira de um transtorno obsessivo-compulsivo relacionado com limpeza. É o Washington Post que o recorda, com base num livro lançado pelo candidato em 1997 onde escreveu: “Apertar as mãos é uma das maldições norte-americanas. Acontece que eu sou obcecado por ter as mãos limpas. Sinto-me muito melhor depois de lavar as mãos, coisa que faço o mais frequentemente possível”.

Estudou numa academia militar

Parece não ter filtro quando discursa, mas a educação que Donald Trump recebeu foi severa: o milionário estudou num colégio militar. Aos 13 anos deu o primeiro passo na escola militar de Nova Iorque, de onde só saiu em 1964, com dezoito anos. Depois orientou-se para o ramo dos negócios ao ingressar na Universidade de Fordham e, mais tarde, na Escola Wharton de Negócios da Universidade da Pensilvânia.

Trump e Batman trabalham juntos… no cinema

Há mais em comum entre Trump e Batman do que parece à primeira vista. O primeiro é um reconhecido empresário norte-americano, um milionário sem vergonha da fama e um mulherengo confesso. E o segundo é… a mesma coisa, mas com uma capa esvoaçante negra. Mas, além da personalidade (e da persona que criaram), Trump e Batman até já partilharam casa. A Trump Tower em Manhattan foi replicada em Hollywood para ser o local de trabalho de Bruce Wayne no filme “The Dark Knight Rises”.

Tem um jogo de tabuleiro

Há um novo tio rico na família dos jogos de tabuleiro. A seguir a Rich Uncle Pennybags, a mascote do Monopoly, também Donald Trump tem um jogo de mesa. Lançado em 1988, “Trump, The Game” apenas vendeu 800 mil exemplares, mas o objetivo era tentador: gerir um negócio imaginário enquanto se tenta levar a concorrência à falência.

Ele já nos tinha avisado que queria ser Presidente

Na campanha eleitoral às presidenciais de 2000, que opôs George W. Bush a Al Gore, o milionário norte-americano tinha um pé na corrida. Só que nunca arrancou. Um ano antes, em entrevista ao The Hill, Donald Trump admitiu estar a considerar a sua candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Reformista. A ideia saiu-lhe da cabeça cedo e esperou dezasseis anos para ver o seu nome nos boletins de voto.

O que se calhar não sabe sobre Hillary

EXETER, NH - AUGUST 10: Democratic presidential candidate Hillary Clinton takes questions from reporters following a town hall meeting at Exeter High School August 10, 2015 in Exeter, New Hampshire. Clinton answered questions about Donald Trump's recent comments regarding women. (Photo by Darren McCollester/Getty Images)

Créditos: Darren McCollester/Getty Images

Já foi republicana antes de ser democrata

O nome de Hillary Clinton está escrito nos manuais do Partido Democrata há mais de quarenta anos, mas a atual candidata à presidência norte-americana também já esteve do outro lado da barricada. Quando era mais jovem, chegou a participar na campanha de Barry Goldwater em 1964 e liderou as Juventudes Republicanas enquanto estudava em Wellesley College. Eram as tendências da família a falar mais alto. Mas vieram os anos setenta e os tempos eram outros: em 1968, já na universidade, simpatizou mais com os ativista contra a guerra do Vietname e pelos direitos civis e deixou-se sensibilizar com a morte de Martin Luther King. A última vez que esteve associada aos republicanos foi para apoiar a candidatura de Nelson Rockefeller.

Queria ser astronauta

Mas a NASA não deixou. John F. Kennedy tinha acabado de anunciar os planos para ir à Lua e a jovem Hillary Clinton deixou-se encantar. No seu livro de memórias escrito em 2003, “Living History”, confessou que escreveu uma carta à agência espacial norte-americana a perguntar o que era necessário para ser astronauta. E eles responderam dizendo que não estavam a aceitar mulheres.

Usou o nome de solteira

Hillary casou-se em 1975 com Bill Clinton, mas o futuro presidente dos Estados Unidos teve de batalhar para colocar um anel na mão da namorada de universidade. Só mesmo à terceira é que Hillary Rodham decidiu aceitar o pedido de Bill, mas apenas com uma condição: iria continuar a usar o nome de solteira porque queria manter a sua identidade e “manter a vida profissional separada do marido”. Isso mudou nos anos 80, porque o apelido de Hillary dava muito que falar: ela passou a apresentar-se como Mrs. Clinton e pronto: Rodham passava lentamente à história.

Investigou o caso Watergate

Desengane-se quem acha que a carreira de Hillary Clinton começa no momento em que se tornou primeira-dama. Publicou artigos sobre os direitos das crianças e sobre políticas públicas relacionadas com a infância. E, em 1974, Hillary foi uma das advogadas que investigou o Presidente Richard Nixon com a missão de encontrar provas de espionagem e corrupção no âmbito do caso Watergate.

Diz que foi ela quem criou o “Obamacare”

O Obamacare esteve debaixo das luzes da ribalta, mas o nome não é original. Em janeiro deste ano, durante a campanha para as primárias no Iowa, Clinton falou sobre esse sistema de saúde e disse: “Chamava-se Hillarycare antes de se chamar Obamacare”. Referia-se uma proposta arrojada que já tinha feito, mas que tinha sido ignorada em 1993, quando o seu marido chegou à Casa Branca. Embora o Hillarycare tivesse propostas ainda mais abertas do que o Obamacare, nunca chegou sequer a ser votado no Congresso.

Ganhou um Grammy

É um dos prémios mais importantes do mundo da música nos Estados Unidos. Em 1996, levou o prémio para casa graças à versão áudio do seu livro “It Takes A Village And Other Lessons Children Teach Us”. A obra fala sobre o papel da sociedade na formação de uma criança, desde a educação em casa até ao ensino na escola, passando pelos médicos que consulta, os políticos que influenciam as políticas que a afectam e as organizações com que lida no quotidiano.