O Ministério Público abriu um inquérito-crime para apurar se as sucessivas fugas e tentativas de passar ilegalmente a fronteira, que ocorreram no Aeroporto de Lisboa, estão ou não a ter ajudas por parte de uma rede organizada, avança esta terça-feira o Jornal de Noticias (JN).

Foi a Procuradoria Geral da República (PGR) quem confirmou a abertura do inquérito. Este surgiu depois de seis argelinos terem tentado forçar a porta de emergência do avião onde seguiam, em outubro. Os casos estão agora a ser investigados sob a forma de inquérito-crime uma vez que existem fortes evidências de que não são aleatórios. Quer isto dizer que pode existir uma rede de crime organizado por detrás destas situações. A suspeitas das autoridades recaem nos voos que são feitos entre Argel-Casablanca e Casablanca-Argel, uma vez que neste voo existe uma escala de longa duração em Lisboa. As investigações deverão estar a cargo do SEF, que não confirmou a informação.

A estrutura da rede deverá ter base na Argélia e ter apoios em Portugal. Uma vez cá, os imigrantes ilegais ficam com o caminho livre para rumar à Europa.

Em causa estão crimes como o de tentativa de auxílio à imigração ilegal. E, coincidência ou não, o processo foi aberto depois de se conhecer a ordem de expulsão para os seis argelinos, ordenada pelo Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. Algo mais preocupante para as autoridades é se se vier a comprovar, efetivamente, que existem apoios a estas fugas dentro do Aeroporto Humberto Delgado, uma vez que é difícil passar pela segurança apertada que atua no aeroporto.

O JN recorda que, no total, já estiveram 14 pessoas envolvidas em tentativas de fuga no aeroporto de Lisboa.

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