786kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Obama e Trump. Quando eles diziam cobras e lagartos um do outro

Este artigo tem mais de 5 anos

Trump e Obama trocaram alguns dos insultos mais viscerais da campanha. O primeiro sugeriu que Barack era o fundador do Daesh. O segundo disse que Trump era uma ameaça. O tom agora é outro. Tem de ser.

"[Obama] é um grande homem", disse Trump no final do encontro com o ainda Presidente dos Estados Unidos
i

"[Obama] é um grande homem", disse Trump no final do encontro com o ainda Presidente dos Estados Unidos

AFP/Getty Images

"[Obama] é um grande homem", disse Trump no final do encontro com o ainda Presidente dos Estados Unidos

AFP/Getty Images

Barack Obama e Donald Trump encontraram-se esta quinta-feira pela primeira vez desde a eleição do republicano como 45º Presidente dos Estados Unidos. Depois de um encontro que durou cerca de 90 minutos, os dois aproveitaram a breve conferência de imprensa para trocar palavras cordiais — Trump chegou mesmo a dizer ter “grande respeito” por Obama. O momento é de unir o país e enterrar os machados de guerra, depois de uma campanha violenta. Esse foi o sinal que os dois quiseram passaram. Mas nem sempre foi assim. Longe disso. Muito longe disso.

Apesar da diferença evidente no tom que marcou o encontro entre Presidente e Presidente eleito, Obama e Donald Trump nunca tiveram grande pudor em trocar críticas em público. O homem que liderou os destinos da Casa Branca nos últimos oito anos foi criticado, de resto, por se ter envolvido diretamente na campanha de Hillary Clinton. Na história da rivalidade entre os dois há um momento curioso: em 2011, ainda antes de alguém imaginar sequer este cenário, com Trump entre os convidados, Obama aproveitou o jantar anual de correspondentes para gozar com o multimilionário. O jornal britânico The Independent recorda o episódio e dá-lhe o título indicado: “Este é o momento de que Barack Obama se vai arrepender para o resto da vida?”.

As piadas de Obama tinham uma razão de ser. Donald Trump foi um dos principais impulsionadores de uma campanha que colocava em causa o local de nascimento de Barack Obama. O multimilionário sugeriu durante muito tempo que o ainda Presidente norte-americano tinha nascido no Quénia e que tinha forjado a certidão de nascimento. A CNN fez mesmo uma lista das vezes em que Trump insinuou que Obama não era, de facto, norte-americano. Pior: tweetou de forma insinuante que o funcionário que verificou a certidão de nascimento de Obama foi a única vítima de um acidente de avião: “Todos os outros sobreviveram”, escreveu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Começava aí uma relação que se foi tornando mais tensa sobretudo depois de Trump entrar na corrida presidencial. De Barack Obama, o futuro Presidente dos Estados Unidos Donald disse quase tudo. “Obama é o pior Presidente da história dos Estados Unidos”? Check. Obama é um “líder fraco” e “incompetente”? Check. Obama é um “desastre”? Check. Obama é o “fundador do Estado Islâmico”? Check, check and check.

Barack Obama contratacou. Na última fase da corrida presidencial, o Presidente norte-americano quebrou a tradição de alguma equidistância que tem pautado o papel tradicional dos últimos presidentes durante o período eleitoral. Chegou a dizer que Trump não tinha condições para assumir o cargo porque liderar os Estados Unidos era “um trabalho a sério”; que Trump não servia sequer para gerir um supermercado; ou, ainda, que o republicano era uma ameaça aos direitos civis, duramente conquistados no país e no mundo.

Barack Obama no talk show de Jimmy Kimmel a falar sobre um tweet de Donald Trump onde se lia: “Obama vai provavelmente cair como o pior Presidente dos EUA”. Resposta de Obama: “Pelo menos, vou cair como Presidente”. Ups, Obama também acreditava em sondagens

Agora é tempo de virar a página e assegurar uma transição pacífica, vai insistindo Barack Obama. Mesmo que o porta-voz da Casa Branca tenha feito questão de dizer que o ainda Presidente dos Estados Unidos mantém a sua visão sobre Trump — isto é, que o republicano não está preparado para assumir o cargo –, Obama terminou a reunião prometendo tudo fazer para que o Presidente eleito possa ser bem-sucedido.

Donald Trump, por sua vez, não só admitiu que tinha sido uma “grande honra” encontrar-se na Sala Oval com Obama, como disse estar ansioso por novas reuniões. E ainda soltou no fim: “[Obama] é um grande homem”.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos