A mítica Ferrari vai ceder na sua opção (quase) exclusiva pelos motores de combustão a gasolina, passando a oferecer motorizações híbridas, já a partir de 2019, em todos os seus novos modelos de maior volume. O anúncio foi feito pelo próprio CEO da marca do Cavallino Rampante, Sergio Marchionne, durante uma conferência online com investidores.

Actualmente, apenas o LaFerrari e LaFerrari Aperta recorrem a uma motorização híbrida, sendo bem provável que caiba ao sucessor do F12 Berlinetta iniciar esta nova era. Segundo Marchionne, a opção pela solução híbrida, com motor a gasolina e motor eléctrico, explica-se pelo facto de permitir aos futuros modelos da Ferrari serem ainda mais rápidos e eficientes. Recorde-se que a Autocar já avançou anteriormente que a marca do Cavallino Rampante terá registado a patente de uma nova arquitectura, com motor incluído, específica para modelos eléctricos, e capaz de garantir até 30 km de autonomia em modo exclusivamente eléctrico.

Na mesma conferência, o CEO da Ferrari revelou ainda que a marca se apresta a fazer uma mudança profunda na forma como constrói automóveis, para que seja possível fazer “disparar” a capacidade de produção anual para valores acima dos 10 mil carros. Essa alteração, sublinha Marchionne, permitirá inclusivamente aumentar o line-up de modelos, como forma de chegar a um maior número de clientes e ajudar ao aumento da procura. No entanto, também é previsível que os responsáveis da Ferrari não deixem de impor limites à produção, até para manter a exclusividade dos seus produtos.

As ambições de crescimento da Ferrari surgem numa altura em que a empresa goza já de uma melhor saúde financeira, em particular depois do crescimento de 8% nas vendas, no terceiro trimestre de 2016, o qual deu origem, inclusivamente, a uma subida do valor das acções da companhia em mais de 7%, só na última segunda-feira.

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