O volume de mercadorias transportado no Porto de Sines aumentou 14% nos primeiros nove meses do ano, o que permitiu compensar a queda nos restantes portos nacionais e atingir o valor mais elevado de sempre dos períodos homólogos.

De acordo com o relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), o Porto de Sines reforçou a posição de líder, passando a representar 54,4% do total de mercadorias transportadas, seguido por Leixões, com uma quota de 19,6%, de Lisboa, que representa 10,6%, e de Setúbal, com um peso de 8%.

Entre janeiro e setembro, o movimento de carga registado nos portos do continente aumentou em 3,7% (mais 2,5 milhões de toneladas), para um total de 69,6 milhões de toneladas, o que constitui o valor mais elevado de sempre dos períodos homólogos.

Este recorde resulta do crescimento do Porto de Sines, com um apoio simbólico da Figueira da Foz (de 1,2%), que anula as quebras registadas nos outros portos, lê-se no relatório da AMT à atividade dos portos nos primeiros nove meses do ano. É que no mesmo período, a carga movimentada diminuiu 1,1% no Porto de Leixões, 13,2% em Viana do Castelo, 9,6% em Aveiro, 2,7% em Setúbal, 15,1% em Lisboa e 44,6% em Faro.

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O Porto de Faro está sem movimento de carga desde junho devido à suspensão da atividade da fábrica da Cimpor em Loulé, que era o único cliente do porto algarvio, refere o supervisor.

O crescimento do Porto de Sines é muito sustentado na evolução do movimento da carga contentorizada e, de forma particular no ano em curso, decorrente do aumento anormal do movimento de petróleo bruto, beneficiando do facto de o Terminal Oceânico de Leixões estar totalmente paralisado desde março para manutenção em estaleiro da monoboia.

Assim, o transporte de petróleo bruto dirigido à refinaria de Matosinhos, através de navios de grande porte, está a ser pelo menos parcialmente efetuado via Sines, que realizou a descarga e posterior carga de cerca de 1,7 milhões de toneladas.