O líder do grupo, que dizia ser psicólogo, e o mestre da falsa seita religiosa “Verdade Celestial” e que terá abusado do próprio filho e de outras menores, está acusado dos crimes de violação lenocínio e pornografia de menores, entre outros. As vítimas eram crianças que frequentavam a quinta, para terem explicações com o líder da alegada seita religiosa, ou consultas de psicologia, não obstante o arguido não estar habilitado para o efeito.

Como o Observador relatou, para camuflar o esquema, Pedro, utilizando os seus conhecimentos enquanto Testemunha de Jeová, criou uma seita a que chamou “Verdade Celestial”. Segundo a PJ, elaborou um conjunto de regras, com categorias hierárquicas, e alegava ser ele o “mestre” — que por sua vez respondia a um mestre espanhol, de nome Pablo. No Facebook, criava vários perfis para sustentar a mentira.

Os crimes praticados na localidade de Brejos do Assa, concelho de Palmela, no distrito de Setúbal, surpreenderam os moradores da localidade e só chegaram ao conhecimento da Polícia Judiciária de Setúbal através da denúncia de um dos membros da alegada seita religiosa, que decidiu abandonar o grupo e denunciar o caso às autoridades.

Poucos dias depois da denúncia, em junho de 2015, a Polícia Judiciária de Setúbal deteve os oito arguidos e apreendeu computadores, colchões, vídeos e fotografias, que constituem elementos de prova dos crimes que começam hoje a ser julgados, a partir das 13h30, no Tribunal de Setúbal.

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