Em sete anos, é a terceira vez que Michelle Obama faz capa da Vogue. Desta vez, na edição de dezembro, a ainda primeira-dama dos EUA é fotografada num longo vestido branco da estilista Carolina Herrera e a usar brincos com a assinatura de Monique Péan. Pode não parecer, mas o cenário do retrato é a Casa Branca, a morada do casal Obama durante cerca de mais dois meses. As fotografias, essas, são da aclamada fotógrafa Annie Leibovitz.

A acompanhar a sessão fotográfica feita nos jardins da Casa Branca está um artigo assinado por Jonathan Van Meter, que acompanhou Michelle durante vários meses: é nada mais, nada menos, do que um apanhado da vida da primeira-dama naquela morada do poder norte-americano. É um epílogo de oito anos de trabalho, tempo durante o qual Michelle conseguiu ganhar o respeito do público internacional — seja disso exemplo o movimento que circula nas redes sociais em que se apela para que a ainda primeira-dama seja candidata presidencial pelos democratas em 2020.

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A pose é de uma estrela de Hollywood, tal como escreve o espanhol El País, que à semelhança de outros jornais dá destaque à postura mais descontraída da advogada de Chicago, que em tempos terá sido mais formal e até régia. A diferença é particularmente evidente considerando as outras duas capas que fez para a Vogue, primeiro em 2009 e depois em 2013.

“Tudo o que fazemos é escolha própria. Eu podia ter passado oito anos a fazer qualquer coisa”, diz em entrevista. “Podia ter-me dedicado a flores. Podia ter-me dedicado à decoração. Podia ter-me dedicado ao entretenimento. Porque qualquer primeira-dama tem, por direito, a capacidade de definir o seu papel. Não há uma autoridade legislativa; não somos eleitas. E essa liberdade é um presente maravilhoso.”

Michelle continua para explicar que “dois mandatos” e “oitos anos” são suficientes. “Porque é importante ter um pé na realidade quando se tem acesso a este tipo de poder”, conclui.