O presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis, afirmou esta quarta-feira que a colocação da RTP3 e RTP Memória na televisão digital terrestre (TDT) “não é um capricho”, mas sim “um dever da RTP”, por ser televisão pública.

“Isto corresponde também a uma obrigação, ou seja, o princípio da universalidade é para levar a sério e, portanto, a RTP tem que levar todos os seus conteúdos a toda a gente”, seja nos centros urbanos, seja nas pequenas localidades, declarou à agência Lusa o presidente da RTP, no âmbito da apresentação dos novos canais da RTP na TDT, que decorreu em Muge, concelho de Salvaterra de Magos (Santarém).

A escolha pela freguesia de Muge para o evento “Há + RTP na TDT”, apresentado por Catarina Furtado e Fernando Alvim, visou “mostrar o impacto que tem alargar a TDT”, referiu Gonçalo Reis, lembrando que o alargamento da TDT tem efeitos práticos a partir de 01 de dezembro deste ano.

“Colocarmos os canais RTP3 e RTP Memória não é um capricho, é um dever da RTP e é prática em toda a Europa. Em toda a Europa, todos os canais de todos os operadores públicos estão na TDT, portanto Portugal estava numa situação de exceção negativa”, considerou o presidente da televisão estatal.

No setor do audiovisual, a colocação da RTP3 e RTP Memória na TDT vai permitir o “combate às desigualdades”, defendeu o gestor, sublinhando ainda que os novos canais vão “gerar muitas oportunidades à indústria audiovisual”.

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“O objetivo da RTP não é dominar a TDT, mas sim cumprir o dever de serviço público”, reforçou.

A colocação da RTP3 e RTP Memória na TDT “resulta de uma convergência de várias vontades”, referiu Gonçalo Reis, destacando o papel do ministro da Cultura e de todos os grupos parlamentares, uma vez que incluíram este dossier nos programas eleitorais.

O gestor enalteceu o trabalho das equipas da RTP, que abraçaram o projeto com “um entusiasmo para além das obrigações”.