O Museu Nacional de Arte Antiga adiou para janeiro do próximo ano uma grande exposição dedicada a Lisboa renascentista, com 250 peças, prevista para este mês, “por questões administrativas”, disse esta quarta-feira à agência Lusa fonte da instituição.

Contactado pela agência Lusa, o diretor-adjunto do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), José Alberto Seabra Carvalho, indicou que a exposição “A Cidade Global — Lisboa no Renascimento” estava para ser inaugurada a 24 de novembro, “mas o museu foi forçado a adiar”.

Há procedimentos administrativos e regras no Estado que é preciso cumprir, e desta vez não foi possível aprovar as despesas para ter todas as peças a tempo” da inauguração em novembro, indicou à Lusa o diretor-adjunto do museu.

De acordo com José Alberto Seabra Carvalho, o projeto da exposição foi incluído no planeamento do museu deste ano no final de 2015, “e, na altura, não foi possível encontrar um produtor para esta grande exposição”, como aconteceu anteriormente com empresas como a Everything is New, a UAU e a Ritmos, que montaram várias exposições em parceria com o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA).

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Desta vez não foi possível conseguir um produtor externo, e a exposição ficou inscrita no plano do museu, enviado para a Direção-Geral do Património Cultural, mas os procedimentos administrativos não foram realizados a tempo para a montagem da exposição, na data planeada”, acrescentou.

O diretor-adjunto do MNAA recordou que o museu “não tem orçamento próprio para exposições, não tem autonomia administrativa, portanto, o que faz habitualmente é enviar o plano de atividades para a Direção-Geral do Património Cultural”.

Temos tido alguns atrasos em atividades, mas nunca um como este, que envolve 79 emprestadores de 250 peças. É uma exposição com uma logística muito pesada e complexa”, disse, acrescentando que a exposição deverá ser inaugurada no final de janeiro de 2017, com peças muito variadas, que vão da pintura e da escultura, até animais empalhados.

O jornal Público noticia esta quarta-feira que ouviu um colecionador que ia ser um dos emprestadores para esta exposição, que terá indicado que o motivo do adiamento é a falta de dinheiro para pagar o transporte das obras das coleções portuguesas e estrangeiras.

A Lusa contactou a Direção-Geral do Património Cultural sobre o adiamento, mas até agora não recebeu uma resposta.