Peças históricas do tempo dos últimos reis de Portugal, incluindo um desenho do rei D. Carlos que a rainha D. Amélia guardou até à morte, vão ser leiloadas esta quinta-feira em Matosinhos. Os preços, explica à TSF Aníbal Faria, da leiloeira P55, vão “dos 30 aos 30 mil euros”.

“São pedaços de história”, sublinha Aníbal Faria. Entre o conjunto de peças que vão a leilão (veja na fotogaleria alguns exemplos), incluem-se desenhos feitos pelos reis, correspondência, e algumas “peças enigmáticas, como é o caso do desenho do iate de D. Amélia, feito pelo rei D. Carlos”, e que a rainha de Portugal “transportou até ao final da sua vida”. São objetos que mostram “a intimidade da vida dos reis”, explica. Mas não há peças apenas do tempo da monarquia: por 30 euros (valor base da licitação), pode adquirir-se um cartão — com sobrescrito — enviado pelo próprio Salazar.

Há também peças internacionais, como uma harpa francesa que terá pertencido à rainha consorte Maria Antonieta. A peça mais cara, essa, é mesmo de origem nacional. Trata-se de um contador indo-português, do século XVII, que chega da coleção de Arthur de Sandão — “um dos maiores colecionadores de arte indo-portuguesa”. A licitação começa nos 30 mil euros. A ideia da P55 é tentar vender as peças portuguesas a compradores nacionais.

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