Será na próxima quarta-feira o último leilão de dívida de longo prazo de 2016, confirmou esta sexta-feira o IGCP. Num sinal de cautela perante a instabilidade dos mercados obrigacionistas, após a vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA, o organismo que gere as emissões de dívida pública optou por definir um montante entre 500 milhões e 750 milhões de euros e, por outro lado, optar por uma maturidade de apenas cinco anos.

A emissão foi confirmada esta sexta-feira em comunicado enviado às redações. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou para quarta-feira, 23 de novembro, o último leilão de dívida de longo prazo. Será mais uma emissão de dívida a cinco anos (com maturidade em 2021), onde as taxas continuam um pouco mais contidas: 2,23% (no prazo a 10 anos, por exemplo, estas já rondam os 3,85%).

Numa tentativa de limitar a subida dos juros face ao leilão semelhante realizado em outubro, o IGCP preferiu, desta vez, apontar para a recolha de um montante entre 500 e 750 milhões de euros. Tendencialmente, os leilões preveem montantes um pouco maiores, no mínimo 1.000 milhões. Deslizando a recapitalização da Caixa para 2017 e cancelando os reembolsos antecipados do FMI, o IGCP teve menor necessidade de financiamento. Além disso, quando menos dívida se emite numa operação, em teoria, mais baixos serão os juros a pagar.

As dificuldades que se têm sentido no mercado de dívida português foram descritas no texto O Diabo esconde-se nestes 5 “detalhes”, publicado quinta-feira.

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