O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) ameaça com uma greve de vários dias dos trabalhadores da segurança na segunda quinzena de dezembro se a negociação do novo Contrato Coletivo de Trabalho não for concluída com sucesso.

Em declarações à Lusa, o coordenador do Sitava, Fernando Henriques, explicou que além do aumento salarial para os próximos dois anos estão ainda em cima da mesa de negociações com as empresas – Prosegur e Securitas – condições de trabalho, tempos de trabalho, segurança e saúde.

A Associação de Empresas de Segurança (AES) disse à Lusa que tem sido feito “um esforço brutal para chegar a acordo”, acusando o Sitava de querer “introduzir mudanças significativas que têm que ser paulatinas”.

“A prioridade é manter os postos de trabalho e consideramos que algumas propostas do Sitava põem em causa, a longo prazo, os postos de trabalho”, explicou à Lusa a secretária-geral da AES, Bárbara Marinho e Pinto.

Com uma nova reunião agendada para esta sexta-feira, o Sitava adianta que se as negociações não forem conclusivas marcará plenários para “mobilizar a luta” dos trabalhadores da segurança nos aeroportos, que se fará na segunda quinzena de dezembro, antes ou depois do Natal.

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“No ponto da situação em que estamos, não acreditamos que será num dia que se resolvem as questões”, explicou o sindicalista, que garante que desta vez a greve não será de apenas um dia, como aconteceu a 27 de agosto, paralisação que causou fortes perturbações, sobretudo no aeroporto de Lisboa.

Na última reunião, segundo o Sitava, a AES propôs um aumento salarial de 2,4% em 2017 e de 1,2% em 2018, referindo que “a AES já havia apresentado uma proposta de 2,5% e 1,5%, respetivamente”. Bárbara Marinho e Pinto admite que a valorização salarial tenha sido revista “com base em estudos”, realçando que o processo negocial é dinâmico das duas partes.

Os trabalhadores das empresas Prosegur e Securitas são hoje quem assegura o raio-x da bagagem de mão e o controlo dos passageiros e também dos trabalhadores do aeroporto.

Corrigido o título onde se fazia referência a sindicato da TAP