O líder parlamentar e presidente do PS acredita que o Governo afastou o diabo do país, mas não do líder da oposição. Num jantar no âmbito das jornadas parlamentares do PS, na Guarda, Carlos César fez um levantamento das “boas notícias” do país, mas atirou a “quem nunca está satisfeito”. E esse “quem” tem um nome: “Pedro Passos Coelho”. Ouviram-se apupos. Para o líder da bancada socialista “Passos Coelho está tomado pelo diabo”, questionando: “Não há nenhum exorcista ou candidato a exorcista Luís Montenegro, Pedro Santana Lopes ou Rui Rio que lhe explique que o mundo e o país não é assim?”

Carlos César não vê motivos para que não haja quem “explique [a Passos Coelho]que não pode atacar tudo, que não pode atacar as estatísticas, o Governo, a Assembleia da República, o Tribunal Constitucional, o Presidente da República. Que não pode atacar tudo e todos só porque o país está melhor do que ele queria”. Mas o presidente do PS vaticina que não há exorcista que valha ao líder da oposição: “Ele vai ficar ainda mais endiabrado, porque o país vai ficar ainda mais melhorado”. E qual a receita para isso? César não tem dúvidas: “Trabalhar, trabalhar, trabalhar”.

No entender do socialista, o Governo tem hoje “um caminho seguro e uma liderança esclarecida”, enquanto a oposição está “desorientada, desolada e depauperada”. Uma oposição, continua César, que “não tem sorte, porque a sorte que escolheram foi a má sorte do país”.

Antes disso, Carlos César fez um levantamento de várias “boas notícias” para o governo: “um recorde de candidaturas no Portugal 2020, o aumento do investimento privado e do investimento estrangeiro, os mercados cada vez mais tranquilos, a Comissão Europeia a confirmar a boa execução do Orçamento de 2016, o aval positivo do Orçamento para 2017 sem reivindicações para medidas adicionais ou o défice orçamental mais baixo de sempre”. Mas mesmo assim, lembra César, “há quem não esteja satisfeito”.