A Câmara Municipal de Lisboa obriga-se a compensar financeiramente a Carris pela prestação do serviço público visando garantir resultados tendencialmente positivos, disse esta segunda-feira o ministro do Ambiente, João Fernandes.

João Pedro Matos Fernandes adiantou que o Estado “mantém o apoio às tarifas que têm apoio social”, tal como em relação a outras empresas que prestam serviço público, mas, sublinhou, passa a ser a autarquia a “compensar” a Carris pelas obrigações de serviço público.

“Passa a ser a autarquia a assegurar as obrigações de prestação de serviço público da empresa, obrigando-se a compensá-la para que os seus resultados sejam tendencialmente positivos. Não há forma de cumprir o serviço público de transportes sem a devida compensação financeira e esta passa a ser, repito, do município”, disse.

O Governo, através dos ministérios das Finanças e do Ambiente, e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) assinaram esta segunda-feira um memorando da passagem de gestão da rodoviária Carris para a autarquia, a partir de 01 de janeiro de 2017.

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Segundo este memorando, adiantou João Fernandes, “fica claro que no que diz respeito aos títulos de transporte, “a Carris e o Metro não terão futuros separados”, já que “nenhuma das empresas criará títulos novos, obrigando-se à venda de títulos intermodais”.

O ministro do Ambiente referiu-se ainda aos problemas verificados nos transportes em Lisboa, Carris e Metro, no último ano, adiantando que “está iminente” a recuperação de “muitas carruagens que estão paradas” para que até ao fim do ano estejam em circulação.

“Quanto à fragilidade do sistema de bilhética, que eclodiu nas nossas mãos, é sabido desde 2011 e ninguém fez nada”, criticou, referindo-se à governação anterior.

Com um aumento de 30 milhões de euros no orçamento para 2017, disse, vai ser possível ao Metropolitano de Lisboa “investir na manutenção, investimento e pessoal”, disse.

Quanto ao encerramento da estação do metropolitano de Arroios durante os dias da “Websummit”, que permitiu a circulação de comboios com seis carruagens na linha verde, João Fernandes disse que “as melhorias sentidas foram evidentes”, apesar de lamentar os transtornos para os utentes daquela zona da cidade.

O ministro reiterou que as obras naquela estação para que lá possam parar comboios com seis carruagens serão iniciadas no verão do próximo ano.

No primeiro semestre do próximo ano, acrescentou, vai ser feito “um `upgrade´ do sistema de bilhética, obras na estação dos Anjos e Intendente e no átrio norte da estação do Areeiro, praça de Espanha, Olivais e em Olaias.