O número de mortos na explosão de um camião-cisterna Caphiridzange, na quinta-feira na província de Tete, centro de Moçambique, aumentou para 80, avançou esta segunda-feira fonte hospitalar.

Sete pessoas morreram nas últimas 24 horas em resultado de ferimentos graves, segundo o último balanço oficial divulgado pelo Hospital Provincial de Tete.

A situação permanece “crítica”, segundo a direção do hospital, onde se mantêm dezenas de feridos, alguns em estado grave, com queimaduras superiores a 50% da superfície do corpo.

O Ministério da Saúde destacou entretanto um grupo de psicólogos para prestar assistência aos familiares das vítimas, que se concentram num pátio das instalações hospitalares desde sexta-feira, aguardando notícias do pessoal médico sobre os feridos que se mantêm internados e em isolamento total nos blocos de enfermagem.

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Moçambique cumpre esta segunda-feira o último de três dias de luto nacional decretado pelo Governo na sequência da tragédia de Tete.

As causas da explosão, ocorrida quando dezenas de pessoas roubavam combustível de um camião-cisterna, permanecem incertas, disse a ministra da Administração Estatal, numa conferência de imprensa realizada no domingo na cidade de Tete, acrescentando que é preciso esperar pelos resultados da comissão de inquérito para se apurar o que aconteceu.

Carmelita Namashulua avançou que o Governo criou também uma comissão para assegurar que a desintegração das famílias não conduza os sobreviventes para um caos social. Segundo a ministra, a comissão de apoio social vai fazer um levantamento das necessidades e o Governo está preparado para intervir de acordo com as condições existentes no terreno e a veracidade dos factos.