Mais de 1.000 combatentes enviados pelo Irão para apoiar as forças governamentais na Síria foram mortos no conflito, admitiu esta o responsável pela Fundação dos mártires e veteranos iranianos, citado pela agência noticiosa Tasnim.

O número de mártires do nosso país mortos na Síria ultrapassou agora 1.000″, referiu Mohammad Ali Shahidi Mahalati, durante um discurso perante membros da milícia dos Bassijis, mas sem especificar a respetiva nacionalidade.

O Irão enviou conselheiros militares, e ainda combatentes recrutados no Afeganistão e Paquistão, para cooperarem com as forças do Presidente Bashar al-Assad. No Irão são conhecidos como os “defensores dos memoriais”, numa referência aos locais sagrados xiitas na Síria.

O Irão xiita é um fiel apoiante de Assad e tem fornecido apoio financeiro e militar ao seu regime. A Divisão Fatemiyoun de recrutas afegãos organizada pelo Irão inclui a maioria dos voluntários enviados desde território iraniano para combater na Síria e no Iraque. O Irão afirma que foram mobilizados para combater os extremistas sunitas, onde se inclui o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

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A República islâmica nega a presença de tropas do país na Síria, e insiste que os seus comandantes e generais do ramo de operação no estrangeiro dos Guardas da revolução, o exército de elite do regime iraniano, atuam como “conselheiros militares” nos conflitos sírio e iraquiano.

No entanto, e segundo um responsável norte-americano citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP), milhares de iranianos e de combatentes apoiados pelo Irão participam nos combates contra grupos rebeldes, num esforço coordenado com a Rússia e o poder sírio.

No final de agosto, a agência Fars indicou que Ahmad Gholami, um ex-general dos Guardas da revolução, foi morto em combates na região de Alepo, na Síria. Outros comandantes dos Guardas da revolução também terão sido mortos na Síria no final de 2015. Os media iranianos divulgam com regularidade a morte de mártires iranianos, afegãos e paquistaneses na Síria, e cujos corpos são enterrados no Irão.