A Deloitte fez um estudo sobre as perspetivas económicas e os orçamentos dos europeus para este Natal. Com um aumento no seu poder de compra face a 2015, em oposição aos restantes países da Europa, os consumidores portugueses preveem gastar mais 45 euros do que no ano passado. Os 359 de orçamento natalício será repartido em presentes (51%), alimentação e bebidas (35%) e eventos sociais (14%).

Desde 2014 que os portugueses têm declarado ter gasto mais do que as suas expetativas e acreditamos que essa tendência se irá manter este ano, o que indicia um clima de consumo mais favorável”, atenta Pedro Miguel Silva, associate partner de consultoria da Deloitte.

Ainda assim o consumo esperado é 3,6% inferior ao declarado em 2015 (373 euros). Este ano, as famílias portuguesas preveem “cortar” nos presentes — 183 euros (-4,4% face a 2015) — na alimentação e bebidas — 124 euros (-3,9%) — e gastar apenas mais, 52 euros, em eventos sociais (+0,2%).

Os motivos apontados pelos portugueses para gastarem mais dinheiro este Natal são: as promoções da época (48%), a intenção de se divertirem sem pensar na incerteza económica (33%) e o aumento do rendimento disponível (25%). Já os que pretendem gastar menos este Natal fazem-no face à redução do rendimento disponível (42%) e à expectativa de continuidade da recessão económica (36%).

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A opinião positiva em relação à situação económica atual é maior em Portugal do que no resto da Europa. Já no que respeita ao futuro, todos os países europeus mantém uma expetativa negativa de evolução da economia. Os inquiridos com menor rendimento bruto anual, inferior a 10.000 euros, são aqueles que mais sentem ter perdido poder de compra face ao ano anterior

A perceção dos países inquiridos face à evolução do seu poder de compra tem-se mantido estável desde 2009, com um saldo entre respostas positivas e negativas à volta dos -30%”, diz Pedro Miguel Silva.

Outro dado é que dois terços dos portugueses inquiridos consideram que a influência do Orçamento do Estado para 2017 nas suas intenções de compra é positivo ou neutro. As pessoas entre os 35 e os 54 anos são as que sentem maior impacto do Orçamento de Estado.

O estudo abrange nove países e contou com 6.580 inquiridos dos quais 760 são portugueses.