O Forte da Graça, na cidade raiana de Elvas, recebeu mais de 60 mil visitantes desde que reabriu, em novembro de 2015, sobretudo turistas portugueses e espanhóis, revelou esta sexta-feira à agência Lusa o presidente do município.

Nuno Mocinha explicou que a “grande parte dos turistas” são de nacionalidade portuguesa e espanhola, mas também oriundos de “outros países europeus e das Américas”, tendo a maioria dos visitantes como dominador comum o “gosto pelo património mundial”.

O emblemático forte de Elvas, no distrito de Portalegre, é composto por um conjunto de fortificações abaluartadas, classificadas como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), tendo as obras de requalificação do monumento contado com um investimento de 6,1 milhões de euros. Após uma longa intervenção, o forte, delineado pelo Conde de Lippe no século XVIII, foi reinaugurado no dia 27 de novembro de 2015 pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

“O forte está a atrair um conjunto de pessoas a Elvas que não era usual. Está a assistir-se a um crescendo de visitantes, que, efetivamente, começa a mexer com a cidade e com a sua economia, havendo, inclusive, novas intenções de investimento”, disse.

Para assinalar o primeiro ano da reinauguração, o monumento abre as suas portas à animação, neste fim de semana, com um programa diversificado de atividades gratuitas que contemplam concertos, visitas guiadas, teatro, dança, exposições e uma conferência.

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Entre as iniciativas agendadas, conta-se no sábado, às 12h00, o lançamento de uma plataforma tecnológica de interação entre o visitante e o Forte da Graça. Esta ferramenta permite ao visitante descarregar no telemóvel uma aplicação, através de Bluetooth, e nos locais onde estão instalados os “Beacons” (transmissores) pode receber informações sobre o local e a história do forte. O município decidiu ainda que, durante este fim de semana, a entrada no forte vai ser gratuita para todos os visitantes.

O Forte da Graça constitui um “ex-líbris da cidade” de Elvas, dentro do conjunto de fortificações que estão classificadas como Património Mundial. De acordo com a autarquia, mais de 200 pessoas trabalharam nas obras de requalificação do monumento, nomeadamente na recuperação da casa do governador, o ponto mais alto do forte, e nas casas dos oficiais.

Durante a intervenção, foram ainda repostas todas as cores originais do forte e recuperadas as estruturas, como a cisterna, a prisão, as galerias de tiro e a capela, onde foram descobertos frescos do século XIX, também alvo de intervenção.f