O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou esta terça-feira que a decisão sobre a solução para aumentar a capacidade aeroportuária na região de Lisboa “é crítica”, mas que pode dar-se por certo “o desenvolvimento do transporte aéreo”.

“A decisão sobre a solução para aumentar a capacidade aeroportuária na região de Lisboa é crítica”, disse o governante, lembrando, no entanto, que entre a incerteza no futuro, se pode tomar por certo “o contínuo desenvolvimento do transporte aéreo” no país.

Pedro Marques falava no GAD World 2016, em Lisboa, evento que reúne os mais influentes operadores de aeroportos, linhas aéreas, reguladores da aviação e financiadores, que contou também com a participação do presidente da Vinci Airports, Nicolas Notebaert.

Em meados de novembro, o presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, Jorge Ponce Leão, manifestou preocupação com a falta de decisão do Governo em relação ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, dizendo que vai faltar capacidade para o crescimento esperado até 2018.

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“Estamos hoje muito preocupados com o tempo que está a levar a tomar uma decisão sobre esta questão”, disse na altura Ponce Leão, sublinhando que a gestora de aeroportos, detida pela Vinci, “pediu há dois anos o início da discussão de uma solução”.

Na sua intervenção desta terça-feira, Pedro Marques referiu ainda que a decisão sobre a solução para aumentar a capacidade aeroportuária na região de Lisboa “é crítica”, pois “permitirá acomodar” o potencial crescimento e evitar limitar o desenvolvimento dos negócios e do turismo em Lisboa, devido “à falta de capacidade aeroportuária”.

O Governo comprometeu-se na proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), que será aprovada esta terça-feira na Assembleia da República, a apresentar uma solução para aumentar a capacidade aeroportuária em Lisboa, para responder ao crescimento estimado do tráfego no Aeroporto Humberto Delgado.

Pedro Marques Pereira disse também que, nos próximos anos, o Governo e a Vinci terão a oportunidade de “consolidar a relação positiva e benéfica” que foi construída nos primeiros anos de concessão da gestão aeroportuária à empresa francesa.

A privatização da ANA foi ganha pelo grupo francês Vinci, tendo rendido ao Estado 3.080 milhões de euros, e anunciada a 27 de dezembro de 2012.

A última parcela, de 1.400 milhões de euros, foi paga em setembro de 2013.