O Ministério das Finanças confirmou o convite a Paulo Macedo para ser o presidente executivo (CEO) da Caixa Geral de Depósitos, convite que foi aceite.

Em comunicado, o Ministério das Finanças revela que também Rui Vilar aceitou o convite para ser o presidente não executivo (chairman) da Caixa e adianta que o Governo está a trabalhar com os dois na definição da composição do restante conselho de administração.

O Ministério acrescenta que o processo de nomeação do novo conselho de administração da CGD segue o “seu curso normal”, o que deverá passar pela entrega dos nomes da equipa para a avaliação do Banco Central Europeu. A equipa ainda não estará totalmente constituída, pelo que para cumprir o calendário definido pelo primeiro ministro no início da semana, poderão ser propostos esta sexta-feira apenas os nomes já confirmados. O Banco Central Europeu faz a avaliação individual de cada candidato a um cargo de administração, mas também avalia a composição do órgão como um todo,

A separação dos cargos de CEO e chairman, que no anterior elenco eram ocupados por António Domingues, vai de encontro a uma das exigências do supervisor europeu que só aceitou a anterior acumulação de cargos a título provisório e sujeita a reavaliação. E representa ainda o regresso ao modelo de governo que estava em vigor durante o mandato de José de Matos.

Rui Vilar já era vice-presidente não executivo da Caixa na administração liderada por António Domingues, tendo sido um dos quatro administradores que não anunciou a renúncia na passada segunda-feira. Para além de Vilar, que já liderou a Caixa na primeira metade da década de 90, poderão ainda ficar alguns dos administradores executivos da equipa de António Domingues que não renunciaram ao cargo. A sua saída “forçada” antes do final de mandato pode obrigar a Caixa a pagar indemnizações.

Paulo Macedo será o 24º presidente da Caixa Geral de Depósitos, sucedendo a António Domingues, que se demitiu antes de completar três meses de funções, com data de saída no final do ano. O gestor foi ministro da Saúde do Governo do PSD/CDS e quadro do BCP, onde chegou a ser vice-presidente do banco. Macedo foi ainda diretor-geral de Impostos.

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