Uma igreja mais acolhedora e mais atenta é a principal conclusão do sínodo diocesano de Lisboa, disse neste domingo, em conferência de imprensa, o cardeal-patriarca Manuel Clemente, no fim dos trabalhos no Turcifal, Torres Vedras. O sínodo aponta para a necessidade de haver “paróquias mais acolhedoras, mais disponíveis e mais atentas ao que se passa à volta em tempo de crise” afirmou Manuel Clemente em conferência de imprensa.

Para o cardeal-patriarca, as paróquias e comunidades terão de responder melhor aos problemas da sociedade, dando como exemplos o isolamento de pessoas, a deficiência ou a falta de ocupação de jovens. Do sínodo diocesano saíram quatro conclusões: a necessidade de a igreja e as respetivas comunidades católicas “olharem mais para o mundo em que se inserem” e mostrarem-se “mais disponíveis” para acolherem quem as procura.

“Caminhar em conjunto” e apostar nas famílias para a sua evangelização são outras das conclusões, que vêm reforçar a missão da igreja. Este foi o primeiro sínodo que se realizou no patriarcado desde 1640. O sínodo foi o culminar de dois anos e meio de uma reflexão, em que participaram 20 mil pessoas.

As conclusões do sínodo vão ser agora compiladas na “Constituição Sinodal de Lisboa”, que deverá ser apresentada na quinta-feira, no Mosteiro dos Jerónimos. O Sínodo Diocesano foi um dos pontos altos das celebrações que se iniciaram em outubro.

O Sínodo, uma assembleia que reúne leigos, consagrados e religiosos, realizou-se nos últimos cinco dias no Turcifal, à porta fechada, com a participação do cardeal-patriarca, três bispos auxiliares, três vigários, 19 cónegos, 25 membros do Conselho Presbiteral, sete leigos escolhidos pelo Conselho Pastoral e 16 leigos em representação das vigararias e da Ação Católica.

Participaram ainda dois elementos do secretariado do Conselho Diocesano do Apostolado dos leigos, 13 vigários forâneos, 15 superiores de institutos religiosos e sociedade de vida apostólica e ainda quatro elementos da comissão preparatória, três diáconos permanentes e 16 “por escolha do patriarca”, num total de 137 pessoas.

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