O custo total do acidente nuclear na central de Fukushima Daiichi, no Japão, em 2011 vai ser de quase o dobro do previsto anteriormente, de acordo com o governo japonês, prevendo-se que atinja os 180 mil milhões de euros, quase tanto como o PIB português.

Para além dos efeitos devastadores na população e dos mortos provocados pelo sismo e tsunami, a fatura do acidente nuclear que resultou destes vai ser bem maior que o esperado inicialmente, disse esta sexta-feira o ministro da Economia do Japão.

O Estado japonês vai ter de gastar 8 biliões de ienes (cerca de 66 mil milhões de euros) para compensar as comunidades mais afetadas pelo acidente, mais um terço que o esperado, e os custos para descontaminar a zona subiram para 32,7 mil milhões de euros, a que acrescem mais 66 mil milhões de euros para remover os destroços contaminados.

No total, o acidente que resultou do sismo e tsunami de 11 de março de 2011 poderá custar aos cofres do Estado japonês cerca de 180 mil milhões de euros, só em custos diretos.

O Estado japonês, que tem a maior dívida pública do mundo (à volta de 230% do PIB), tem ainda custos associados com a perda da capacidade elétrica (três dos seis reatores derreteram) e com a restante destruição provocada pelos acidentes naturais.

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