O Comité Olímpico Internacional (COI) anunciou esta sexta-feira a reanálise da totalidade das 254 amostras de urina recolhidas a atletas russos que participaram nos Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014. Paralelamente, o COI anunciou ainda que alargou o mandato da comissão disciplinar encarregada de examinar as amostras recolhidas a atletas russos durante os Jogos Olímpicos Londres 2012.

As decisões foram tomadas na sequência da divulgação, esta sexta-feira, do relatório final do investigador canadiano Richard McLaren, que encontrou “fortes provas de doping institucionalizado” na Rússia, que envolveram mais de 1.000 atletas russos de 30 modalidades, no período compreendido entre 2011 e 2015.

Durante a apresentação do relatório final, pedido pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), em Londres, McLaren denunciou que o sistema generalizado de distribuição de doping na Rússia, com conhecimento e apoio estatal, abrangeu, entre outros eventos, os Jogos Olímpicos Londres 2012 e Socchi 2014 (Inverno).

A primeira versão do relatório, divulgada em julho, circunscrevia-se à análise da situação do doping na Rússia relativamente à participação em Socchi 2014, mas as conclusões finais indicam que a fraude desportiva se estendeu a outras grandes competições internacionais.

Em consequência da primeira parte do relatório, a Rússia foi impedida de competir nas provas de atletismo dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e também toda a equipa paralímpica russa foi excluída pelo Comité Paralímpico Internacional (CPI) dos Jogos Rio 2016.

As 63 amostras de sangue recolhidas a atletas russos em Sochi já foram reanalisadas pelo COI e nenhuma acusou a presença de qualquer substância proibida. De acordo com o COI, as amostras de urina serão reanalisadas já que o mandato de Richard McLaren não incluía esta possibilidade.

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