Este início de Inverno não tem sido fácil para os franceses, pelo menos para os que vivem nas principais cidades, a começar por Paris. As condições invernais e a ausência de vento não favorecem a dissipação dos poluentes na atmosfera, que assim se concentram nas zonas de maior fluxo de tráfego. E o maior problema está relacionado com o excesso de partículas finas e óxidos de azoto, ou NOx, produzidas especialmente pelos meios de transporte.

Pelo quarto dia consecutivo, os parisienses vão acordar e dirigir-se para o trabalho, mas apenas cerca de metade o poderão fazer a bordo dos seus automóveis. Isto porque hoje, 9 de Dezembro, é dia de matrículas ímpares, com as pares a estarem impedidas de circular, expostas que estão a uma multa de 35€ caso prevariquem (valor que cai para 22€ se a coima for paga na hora). Mas não se pense que a medida visa apenas o centro e as principais avenidas da capital francesa, pois a situação é de tal forma grave que abrange Paris e todas as 22 comunas limítrofes.

Como que a confirmar que o excesso de poluição não é específica da capital, Lyon vai igualmente impor, pela primeira vez, a circulação alternada de veículos entre as 5h00 e a meia-noite. Para além dos malefícios que a elevada contaminação do ar provoca aos habitantes, há que também ter em conta que esta situação expõe igualmente as cidades poluidoras a coimas elevadas, por ultrapassaram os limites impostos pela União Europeia.

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