Antes de deixar a Casa Branca a 20 de janeiro, Barack Obama resolveu pedir aos serviços de inteligência e segurança nacional dos Estados Unidos uma revisão completa ao caso dos ciberataques aos emails dos democratas, na altura da campanha eleitoral. O relatório deverá analisar os esforços da Rússia para influenciar as eleições presidenciais. A investigação será partilhada com os membros do Congresso americano mas ainda não é claro se os resultados serão tornados públicos.

O Presidente pediu às agências de serviços secretos para realizarem uma análise completa sobre o que se passou durante o processo eleitoral 2016. Cabe-nos fazer um balanço, compreender o que se passou e daí retirar lições” declarou a conselheira para a segurança interna e contra o terrorismo, Lisa Monaco, citada pela Lusa.

No início de outubro, Obama acusou a Rússia de roubar e depois divulgar emails dos membros do Comité Nacional Democrata e do assessor de campanha de Hillary Clinton, John D. Podesta, de forma a favorecer Donald Trump. O diretor do FBI, James Comey, disse levar “muito a sério” o risco de ingerência de um país estrangeiro no processo eleitoral norte-americano.

A candidata do Partido Verde, Jill Stein, chegou a pedir a recontagem de votos em três Estados. Já o presidente eleito Donald Trump — que tece elogios aos presidente russo Vladimir Putin — não acredita que a Rússia tenha dito qualquer intenção de enfraquecer a sua adversário, Hillary Clinton.

Não acredito que eles tenham interferido”, declarou Trump à revista Time, que o nomeou na quarta-feira “Personalidade do Ano”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR