O primeiro-ministro destacou esta sexta-feira que, depois do ceticismo sobre a evolução da economia portuguesa, o Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrou-se agradavelmente surpreendido por as previsões se estarem a concretizar, ressalvando que em relação ao Orçamento do Estado trabalharam sobre dados antigos.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia evocativa dos 25 anos da Autoeuropa em Portugal, em Palmela, Setúbal, António Costa foi questionado sobre o relatório do FMI sobre a quinta missão pós-programa a Portugal, no qual estima um défice orçamental para Portugal de 2,1% em 2017 e afirma que seria necessário mais 700 milhões de euros em austeridade para atingir a meta prevista pelo Governo.

Sobre o FMI, o que registei do relatório é que eles, que acompanharam algum do ceticismo que muita gente teve no início deste ano sobre a evolução da nossa economia, mostraram-se agora agradavelmente surpreendidos por as previsões que tínhamos feito se estarem a aproximar da concretização e até terem, nalguns aspetos, um ‘feeling’ ainda superior ao meu e do senhor Presidente da República sobre a evolução da economia”, respondeu o primeiro-ministro, ladeado pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

Sobre a necessidade de mais medidas de austeridade, António Costa ressalvou que o trabalho sobre o Orçamento do Estado para 2017 foi feito sobre “dados que são antigos”. “Os nossos dados demonstram que nós vamos cumprir, como sempre dissemos, confortavelmente a margem dos 2,5% que está acordada com a União Europeia”, assegurou.

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