O líder da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal, Subir Lall, diz que a forma como o défice está a ser reduzido não é sustentável e insiste que é preciso olhar para o que mais pesa na despesa pública: salários dos funcionários públicos e pensões.

Em entrevista à jornalista Helena Garrido, publicada no jornal Eco, o responsável do Fundo, que esteve em Portugal para a quinta avaliação pós-programa, defende até que o investimento público precisa de aumentar.

“Controlar o défice com menos gastos no consumo intermédio ou no investimento é, provavelmente, uma forma que não é sustentável, não se pode fazer isso ano pós ano. O investimento público está em níveis muito baixos e nalgum momento terá de se investir na manutenção das infraestruturas”, disse o responsável.

Por isso, defende, é preciso olhar para o que leva aos aumentos da despesa pública e ai, tal como o Fundo tem vindo a insistir – e o próprio Subir Lall em entrevistas passadas -, tem de se discutir os salários na Função Pública e as pensões.

O responsável alerta ainda para os níveis de dívida pública, que devem voltar a aumentar e a superar os 130% do PIB, e deixa o aviso: será necessário “um longo período” de disciplina orçamental para baixar a dívida.

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