Os ministros das Pescas da União Europeia (UE) reúnem-se na segunda e terça-feira para decidir os totais admissíveis de capturas (TAC) e respetivas quotas nacionais para 2017, negociações que tradicionalmente se arrastam pela madrugada.

As conversações sobre os TAC iniciam-se na segunda-feira, paralelamente ao debate de temas de agricultura, com as pescas a dominar a agenda de terça-feira e os Estados-membros a tudo fazerem para aumentar os limites para as suas pescarias.

No caso de Portugal, são particularmente contestados os cortes propostos no final de outubro para a pescada (-35,9%) e para os areeiros (-25,7%) por serem espécies de grande valor comercial.

Mais recentemente, a Comissão Europeia aumentou em 5% os TAC de pescada, para compensar os pescadores pela obrigação de desembarcarem todo o peixe capturado.

No caso do biqueirão, Bruxelas propõe uma manutenção da quota, apelando Lisboa a um aumento sustentado pela abundância desta espécie em águas nacionais.

No caso das raias, Portugal defende uma subida superior aos 5% propostos, argumentado que os pareceres científicos sustentam até mais 15% de capturas.

As propostas serão decididas no Conselho de Ministros das Pescas, negociações tradicionalmente duras e longas, e entram em vigor a partir de 01 de janeiro de 2017.

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