De regresso às luzes da ribalta, após a falência e consequente venda da Fisker Automotive, o designer Henrik Fisker encetou nova aventura com nova marca e novo modelo, o qual tem vindo a revelar, pouco a pouco, antes da apresentação oficial. Depois de nos teasers anteriores ter dado a conhecer a frente e a lateral do novo desportivo eléctrico, agora o dinamarquês levantou o véu relativamente à traseira.

A imagem agora divulgada do Fisker EMotion revela uma forte inspiração desportiva, mas também linhas simples e não tão agressivas quanto as da já conhecida secção frontal, ou até mesmo o perfil, marcado por portas de abertura tipo asa de gaivota.

Recorde-se que o Fisker EMotion tem por base a inovadora tecnologia de baterias de grafeno, colocadas sob o piso do carro. “Resultado de uma melhor disposição das baterias, conseguimos criar não apenas um design mais desportivo e dinâmico, mas também uma habitabilidade capaz de competir com a dos maiores sedans de luxo”, garantiu à Autocar o homem por detrás da nova marca automóvel Fisker Inc..

O criador de modelos como o BMW Z8 ou o Aston Martin DB9 reconhece que arriscou “ao mudar as proporções” do EMotion, por pretender conceber um automóvel verdadeiramente original. Ainda que, admita Henrik Fisker, “isso seja um risco, uma vez que as pessoas não estão habituadas”.

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Fruto dos avanços já conseguidos no domínio do grafeno, o designer acredita que as baterias que estão a ser desenvolvidas pela Fisker Nanotech – empresa-irmã da Fisker Inc. ­– vão oferecer maior autonomia (644 km), cargas mais rápidas e uma maior longevidade.

A versão de produção do Fisker EMotion deverá ser apresentada durante o próximo ano, não somente como o primeiro modelo da nova Fisker Inc., mas também (e sobretudo) como uma proposta de produção muito limitada e com recurso a materiais como a fibra de carbono, aplicada numa estrutura fabricada em alumínio.

O novo desportivo eléctrico será produzido pela VLF, outra empresa pertencente à Fisker Inc., e contará com hardware capaz de assegurar vários modos de funcionamento em condução autónoma. Já o software que fará funcionar todo o sistema, será fornecido por empresas externas, para racionalizar custos e maximizar a eficiência, adianta o designer.

Previsto está igualmente “um segundo modelo, de maior volume e com custos de produção mais baixos”, revelou Henrik FIsker à Autocar. A produção “será entregue a um fabricante automóvel já estabelecido, uma vez que este tipo de construtores tem já instalada a capacidade de produção, em grandes volumes, de automóveis de elevada qualidade”. Embora sem revelar o nome da marca automóvel que assumirá tal responsabilidade, o designer antecipa desde já que o segundo modelo da Fisker Inc. terá por base uma plataforma específica para veículos eléctricos, “adaptável, de forma a permitir a sua utilização por propostas de vários tipos e dimensões, no futuro”.

Caso as ambições da Fisker Inc. venham, desta feita, a tornar-se mesmo realidade, tal colocará a nova companhia criada por Henrik Fisker numa posição de rival directa não só de construtores automóveis eléctricos como a norte-americana Tesla, mas também de fabricantes mais tradicionais como a BMW, que tem na sua submarca ‘i’ o respectivo braço para a mobilidade eléctrica, ou a Mercedes-Benz, que também se apresta a lançar a sua nova submarca eléctrica EQ.