Os chineses de Minsheng, que segundo o Jornal de Negócios tem a proposta mais arrojada pelo Novo Banco, não fez ainda a prova dos fundos necessários para a compra, noticiou na noite de terça-feira o jornal Eco. O Banco de Portugal, que está a gerir a venda da instituição, exigiu garantias reforçadas ao grupo chinês, mas a situação pode levar a que não se cumpra o prazo indicativo para a conclusão do processo, isto é, o final de 2016.

O fundo Minsheng já assinou o memorando de entendimento para a tomada de uma posição maioritária no Novo Banco, tal como os outros concorrentes — os fundos Lone Star e Apollo/Centerbridge – mas falta apresentar a declaração legal de que tem os meios financeiros para fazer face à operação.

O objetivo do Banco de Portugal é fechar o processo até ao final desta semana ou, o mais tardar, na próxima, com a apresentação por Carlos Costa e Sérgio Monteiro de uma proposta ao governo. O fundo chinês está com dificuldades em mobilizar os recursos necessários para conseguir dar garantias de que tem capacidade financeira para cumprir a oferta que está a fazer, segundo o Eco, o que pode fazer derrapar o prazo indicativo para fechar a venda. Um fator relevante aqui é que o governo chinês está a apertar as regras de saída de capital.

Se a venda não for concretizada até ao final do ano, em termos formais nada muda, ainda que possa ser considerado um desenvolvimento dececionante para este processo, que já foi adiado uma vez, em agosto de 2015. O governo tem até agosto de 2017 para vender a instituição, porque é até esse momento que está autorizado o empréstimo estatal ao Fundo de Resolução.

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