Há mais cinco pequenas e médias empresas (PME) portuguesas selecionadas pela Comissão Europeia para serem financiadas através do Instrumento PME do Programa Horizonte 2020, informou esta terça-feira a Comissão. Cada uma das empresas vai beneficiar de um financiamento de 50 mil euros “para estudos de viabilidade para novos produtos disruptivos”, explica uma nota do executivo comunitário. Para esta ronda de financiamentos, integrada na primeira fase do Instrumento PME, foram selecionadas 184 pequenas e médias empresas de 28 países — o que representa um investimento conjunto de 8,8 milhões de euros.

As cinco empresas juntam-se a outras 49 PME portuguesas que já tinham selecionadas noutras rondas — a mais recente tinha sido em outubro, quando doze empresas nacionais foram escolhidas. A próxima data-limite para candidaturas à fase 1 do programa é 15 de fevereiro de 2017, data até à qual as PME europeias podem apresentar propostas de financiamento.

“Com estes resultados mais recentes, são agora 54 as empresas portuguesas a beneficiarem da fase 1 deste instrumento específico para as PME ao abrigo do Horizonte 2020, o que demonstra a dinâmica inovadora do tecido empresarial português em áreas como a energia limpa, a investigação espacial, a robótica, a tecnologia de qualidade, ou o crescimento azul”, sublinha Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, que está responsável pelo Instrumento 2020.

A primeira fase do projeto já recrutou um total de 2.024 empresas de todos os países da União Europeia, que vão receber, cada uma, um valor de 50 mil euros para ser usado em estudos de viabilidade. Cada empresa é depois convidada a apresentar propostas de projetos à Comissão, podendo receber até 2,5 milhões de euros na segunda fase do financiamento.

Do conjunto de empresas nacionais incluídas nesta ronda de financiamento fazem parte a RVE.SOL, uma empresa de Leiria com um projeto para conversão de resíduos em energia; a Agroinsider, de Évora, que está a utilizar algoritmos para analisar a Terra e fazer agricultura de precisão; a Ground Done, que está a desenvolver um sistema robótico a utilizar na rodagem de filmes; a InnoWave Technologies, que desenvolve testes automatizados de dispositivos; e ainda a SPAROS, responsável por um projeto para “otimizar o rendimento das larvas de camarão de piscicultura”.

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