A comissão aprovou esta segunda-feira um recurso do PS chumbando o pedido do PSD para que Domingues e Centeno voltassem a ser ouvidos em sede de comissão – PCP e BE viabilizaram o recurso socialista, com sociais-democratas e também o CDS-PP a votarem contra. Os dois responsáveis serão novamente ouvidos depois da demissão do presidente da Caixa, mas na comissão de orçamento e finanças, num registo que dá menos margem aos deputados para fazer perguntas e obter respostas,

A votação motivou alguma polémica: na sala estavam presentes sete deputados do PSD/CDS-PP e sete deputados de PS, PCP e BE, com o social-democrata Hugo Soares a interrogar sobre se a votação deveria acontecer por grupo parlamentar ou de forma nominal.

“As consequências da votação serão apuradas nos termos da lei”, assinalou o coordenador do PSD na comissão, o que mereceu concordância do presidente da comissão, José Matos Correia.

“Está clara a deliberação. A minha decisão de admitir o requerimento do PSD fica sem efeito” e portanto Centeno e Domingues não voltarão nesta fase à comissão de inquérito porque o âmbito da sua vinda está “fora” daquele definido pela comissão, prosseguiu Matos Correia.

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O socialista João Galamba sustentou que a comissão de inquérito “não pode ser aberta e com um objeto indefinido”, correndo portanto o risco de “qualquer notícia futura sobre a CGD poder ser interpretada como pertencendo a esta comissão”.

A ideia foi corroborada pelos deputados Miguel Tiago, do PCP, e Moisés Ferreira, do BE.

O PS já havia anunciado na semanada passada que iria chamar Mário Centeno e António Domingues para audições no parlamento, mas na comissão permanente de Orçamento e Finanças.