Várias têm sido as tentativas, por parte dos cientistas, de comunicar com os outros planetas apesar de ainda não saberem se aí existe vida. Mas, e se existir? Vale a pena tentar comunicar com os extraterrestres?

A METI (Messaging Extraterrestrial Intelligence) — uma nova organização espacial, criada em 2015 e sediada em São Francisco — tem o objetivo de encontrar a forma ideal de comunicar com outros planetas. Em vez de esperar que, eventualmente, algum dia os ET se lembrem de aparecer ou de dizer alguma coisa, a METI vai dar o primeiro passo: “Se toda a gente que pode enviar uma mensagem decidir, apenas, recebe-la, esta será uma galáxia muito sossegada“, explica o astrónomo Andrew Fraknoi, segundo o PHYS. Chegou, assim, a altura de usar uma regra básica de boa educação e essencial no primeiro contacto com alguém: dizer “Olá”.

No final de 2018, a organização ambiciona enviar algumas mensagens, via rádio ou sinais laser, para um planeta rochoso que circunda a Proxima Centauri (a estrela mais próxima do sol) e, depois, para destinos mais distantes, a centenas ou até a milhares de anos-luz. Este será o primeiro esforço para enviar poderosas, repetidas e intencionais mensagens para o espaço, durante meses ou anos.

No entanto, coloca-se uma questão: E se os extraterrestres forem perigosos e hostis? Não sabemos bem com quem estamos a lidar. Vamos mesmo arriscar que eles saibam que existimos e de onde viemos? Muitos estão contra a ideia de entrar em contacto com os extraterrestres, como, por exemplo, o físico Stephen Hawking: “não devemos chamar a atenção para nós mesmos”. Mas há pessoas mais positivas:

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Penso que há alguma coisa para se aprender, nada a temer, e pelo menos a possibilidade de descobrir algo verdadeiramente revolucionário: Termos companhia” defende o astrónomo Seth Shostak.

Além de se poder vir a descobrir que há vida noutros planetas, esta também pode ser uma forma de descobrir o que realmente significa ser humano.

Ao refletir sobre como podemos comunicar o que significa ser humano a alguém que não é humano, nós vemos-nos de forma diferente”, acredita Dalia Rawson, responsável do METI e diretora-geral do Silicon Valley Ballet.