A ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada, visitou, esta quinta-feira, o Santuário Yasukuni, em Tóquio, que a China e a Coreia do Sul condenam por homenagear os mortos da II Guerra Mundial e outros conflitos bélicos.

A visita de Tomomi Inada tem lugar dois dias depois de ter acompanhado o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, na visita a Pearl Harbor, cujo bombardeamento determinou a entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial, onde homenagearam os norte-americanos mortos no ataque japonês de 07 de dezembro de 1941.

“Independentemente das diferenças nas visões históricas, independentemente de se lutaram como inimigos ou aliados, eu acredito que qualquer país pode entender que nós queremos expressar gratidão e respeito para com aqueles que sacrificaram as suas vidas pelos seus países”, afirmou a ministra da Defesa nipónica.

O santuário, de 145 anos, lembra os cerca de 2,5 milhões de cidadãos que morreram na II Guerra Mundial e noutros conflitos bélicos.

É controverso porque entre os homenageados figuram criminosos de guerra, como o general Hideki Tojo, que autorizou o ataque contra Pearl Harbor.

Os vizinhos do Japão também interpretam a ‘peregrinação’ de políticos e dignitários japoneses ao santuário como um insulto.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul já considerou “deplorável” que a ministra tenha visitado o santuário, que “embeleza invasões coloniais passadas, a guerra invasora e honra criminosos de guerra”.

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O Ministério da Defesa da Coreia do Sul emitiu um comunicado idêntico, expressando “séria preocupação” e o seu “lamento”.

A visita também provocou críticas por parte da China.

Num texto publicado na sua edição digital, o jornal Global Times, uma publicação do grupo Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês, acusou a ministra da Defesa japonesa de prestar tributo aos “fantasmas” em Yasukuni, depois de ter falado de “reconciliação”, numa referência à visita a Pearl Harbor.

A visita de Inada ao santuário de Yasukuni foi a primeira que realizou desde que se tornou ministra da Defesa.

Na quarta-feira, um outro ministro japonês, o da Reconstrução, Masahiro Imamura, também visitou o local.