Quatro universidades privadas vão fechar portas no próximo ano por falta de alunos e de verbas, uma de forma compulsiva e outras três de forma voluntária, avançou ao jornal i fonte oficial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sem identificar as instituições em causa.

Esta é a primeira consequência da ação de fiscalização levada a cabo pela Direção Geral de Ensino Superior (DGES), a pedido do ex-secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, em setembro de 2015, para averiguar se as instituições de ensino privadas mantinham as condições necessárias para continuarem a ser consideradas com estatuto de interesse público.

Basicamente, a DGES foi verificar as instituições que, entre 2012/13 e 2014/5, tiveram uma quebra superior a 50% no número de alunos inscritos, ou que tiveram tido menos de 100 matrículas ou uma redução superior a 50% no número de novos inscritos ou ainda um média inferior a 10 novos alunos. A DGES encontrou 25 universidades que se enquadravam neste perfil. No último ano tem vindo a ser desenvolvido um trabalho no sentido de perceber se as mesmas fecham ou não. Em análise continuam os processos relativos a 21 instituições, que continuam ainda em risco de também encerrar.

Lembre-se que entre 2012 e 2015 outras cinco instituições privadas fecharam portas. E no tempo de Mariano Gago, entre 2007 e 2008 fecharam outras três universidades (Independente, Moderna e Internacional).

Este trabalho foi articulado com a Inspeção Geral de Educação (IGE) e a Agência de Avaliação e Acreditação (A3ES), cujo presidente, Alberto Amaral, referiu ao i que o fecho destas universidades “é em princípio benéfico porque se trata de instituições extremamente frágeis, sem capacidade de oferecer um ensino de qualidade”. Alberto Amaral acrescentou ainda que “havia certamente um número excessivo de escolas para as necessidades do país”.

No próximo ano inicia-se a primeira avaliação às instituições de ensino superior, onde será avaliada a qualidade o desempenho de cada uma, noticia ainda o mesmo jornal.

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