Depois de um ano de 2015 em que as estradas da União Europeia (UE) registaram mais de 26 mil mortos em resultado de acidentes de viação, a Comissão Europeia (CE) prepara já uma série de medidas tendentes a tornar obrigatórias, em todos os automóveis comercializados na União Europeia, cerca de 19 tecnologias de segurança, activas e passivas.

Deste grupo de tecnologias fazem parte, segundo avança a britânica Autocar, a travagem autónoma de emergência e o alerta de transposição involuntária da faixa de rodagem. Sendo que o sistema de manutenção na faixa de rodagem e a travagem automática de emergência são já obrigatórios nos autocarros de passageiros e camiões articulados de transporte de mercadorias.

Embora o número de vítimas na estrada esteja a decrescer desde 1990, ano em que se registaram um total de 76.650 mortes nos países da UE, a descida destes números, embora progressiva e constante, tem sido demasiado lenta, no entender dos responsáveis da CE. Assumindo como objectivo a marca das 15 mil vítimas nas estradas, até 2020, a CE mostra-se igualmente preocupada com o crescente interesse dos condutores europeus nos SUV, veículos com “centros de gravidade mais altos, massas maiores e secções frontais esteticamente mais agressivas”. Assim, a Comissão propõe igualmente a introdução de luzes de travagem com efeito de flash sempre que o automóvel tem de fazer uma travagem de emergência, além da obrigatoriedade de alerta da falta de cinto de segurança em todos os lugares e sistema de monitorização da pressão dos pneus.

Ainda segundo a Autocar, a CE pretende também que, dos equipamentos de segurança obrigatórios, façam parte o sistema de adaptação inteligente da velocidade e aviso de sonolência e distracção do condutor, já nos próximos cinco anos. Isto, a par das medidas de segurança activa já planeadas.

De resto, utilizadores mais vulneráveis das estradas europeias, como as crianças ou os idosos, ou até mesmo os ciclistas, deverão vir a ser igualmente alvo de atenção especial da parte dos legisladores.

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