ui Pinto, do Benfica, venceu neste sábado a 42ª edição da corrida São Silvestre da Amadora, que contou com a participação especial de Rosa Mota, enquanto Catarina Ribeiro repetiu o triunfo de há um ano no setor feminino. De destacar a presença da campeão olímpica e consagrada Rosa Mota, hoje com 58 anos, que tinha vencido a São Silvestre da Amadora na 15ª edição, em 1989, e que hoje fez os 10 quilómetros do percurso em 42.35 minutos, tendo ficado em 178.º lugar da classificação geral.

Rui Pinto, que já tinha vencido a tradicional prova de fim de ano na edição de 2014, percorreu os 10 quilómetros do percurso em 30.26 minutos, superando por três segundos o seu colega de equipa Samuel Barata, enquanto o sportinguista Hugo Correia completou o pódio, com o tempo de 30.48.

Na corrida feminina, Catarina Ribeiro, vencedora da edição 2015, então ao serviço do Benfica, voltou a vencer a prova, desta vez em nome individual, com o tempo de 34.06 minutos, seguida de Salomé Rocha, que correu também em nome individual, com o tempo de 34.54, e de Cláudia Pereira, do Gabinete de Fisioterapia Desportiva (GFD), com 35.41.

O percurso foi reestruturado este ano, com partida da Estrada dos Salgados até ao centro da cidade, passando pelo Parque Aventura e pela rotunda do vulcão, tendo os atletas, ao sexto quilómetro, enfrentado a conhecida ‘subida dos Comandos’, que voltou a fazer parte do itinerário da prova, para depois entrarem na principal artéria da Amadora, a Rua Elias Garcia, antes de chegarem à meta instalada na Praça São Silvestre, junto ao metro Amadora Este.

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O vencedor da São Silvestre 2016, Rui Pinto, ficou satisfeito com a alteração feira ao percurso da corrida: “Foi bom para mim terem voltado ao figurino tradicional. Já tinha corrido antes com este percurso, de que eu gosto, por me sentir bem em percursos difíceis. Estou numa fase muito boa, vim para ganhar e quando se iniciou a subida dos Comandos senti que poderia ganhar. A partir daí arrisquei tudo”.

A vencedora do setor feminino, Catarina Ribeiro, sintetizou assim o seu desempenho na prova: “Foi mais dura do que o ano passado. A subida dos Comandos é bastante difícil, embora, nessa fase, a prova estivesse decidida, visto que eu já me tinha isolado na frente. Então foi só gerir a subida”.

A ex-atleta do Benfica, agora a correr em nome individual, participou na maratona do Porto e garante que recuperou em pleno do desgaste nessa prova, razão pela qual decidiu só correr um mês depois: “Sinto-me com força e capaz de retirar o melhor proveito, mesmo nas partes mais duras das corridas”.

O facto de estar sem clube neste momento não a preocupa e assegura que está focada apenas em si e nos objetivos para 2017, que passam por “treinar duramente para participar no campeonato do mundo, na prova de 10.000 metros”, ela que, recordou, já ter “os mínimos para a maratona”.

Finalmente, a grande campeã Rosa Mota acabou por ser a ‘estrela’ da prova, pela empatia que mostrou ter com o público e pela simpatia que espalhou em seu redor. No final da corrida confessou que esta lhe correu muito bem. “Tive o público a aplaudir-me e a acarinhar-me durante todo o percurso, fez-me lembrar a edição de 1989, quanto estive aqui e era para ganhar. Agora não era, mas as pessoas não quiseram saber disso, queriam apenas a minha presença para me dar carinho e incentivar-me ‘força Rosinha’. Muito obrigado a todos que vieram para a rua para me aplaudir e que participaram na prova”, disse Rosa Mota à agência Lusa.

A antiga campeão olímpica confessou ter sido difícil superar a fase mais crítica da prova, a conhecida subida dos Comandos, mas, com toda a agente a aplaudi-la, disse “não ter sentido a subida, só o calor humano”.

Rosa Mota revelou que ainda hoje corre e gosta de o fazer, razão pela qual decidiu aceitar o desafio da presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares, para participar na prova: “Gosto de correr, de me divertir, de passar momentos como o de hoje. Quero aproveitar para desejar a todos os portugueses um feliz ano”.