Twin Peaks

(estreia na Primavera, Showtime)

É o regresso de umas das mais poulares, pioneiras e influentes séries da história da ficção da TV. Criada por David Lynch, teve apenas duas temporadas, entre os anos 1990 e 1991, mas ao cruzar o thriller com o policial, o sobrenatural e algum humor conseguiu servir de referência para qualquer produção televisiva que procurou fazer a diferença.

The Mick

(1 de Janeiro, FOX)

A hilariante Kaitlin Olson, que desde 2005 é Dee em “Nunca Chove em Filadélfia”, é a protagonista desta série cómica sobre uma vigarista. Quando a irmã e o cunhado, que têm bastante dinheiro e com quem ela não se dá, se vêem obrigados a fugir dos Estados Unidos por causa de acusações de fraude, ela muda-se para a zona rica de Greenwich, no Connecticut, para tratar dos sobrinhos. A série mover-se-á por alguns dos mesmos campos que a sitcom que lhe trouxe fama, quanto mais não seja por ser criada por John e Dave Chernin, irmãos que trabalharam nela como produtores executivos.

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https://www.youtube.com/watch?v=MQ6Jg5i_pqc

Emerald City

(15 de janeiro, TV Series)

A Cidade Esmeralda é onde mora o maravilhoso Feiticeiro de Oz e é ela quem dá nome a esta reimaginação do trabalho clássico de L. Frank Baum, imortalizado no cinema por Victor Fleming em 1939. A ideia é que esta série, cuja primeira temporada terá dez episódios, seja um pouco mais áspera, adulta e negra, com muita inspiração retirada de “A Guerra dos Tronos”. A ajudar está o elenco, que inclui Vincent D’Onofrio, que basicamente nunca decepciona, no papel do famoso feiticeiro, mais Joely Richardson ou Adria Arjona, de “True Detective”. “Emerald City” é uma criação de Matthew Arnold, o responsável de “Siberia”, com realização a cargo de Tarsem Singh.

https://www.youtube.com/watch?v=WKeRnyFIHWs

One Day at a Time

(Netflix, 6 de Janeiro)

“One Day at a Time”, a sitcom original que durou de 1975 a 1984, era uma das muitas peças do império de Norman Lear, uma lenda da televisão. Produzida por Lear e criada por Whitney Blake, com a ajuda do colega Allan Manings, era uma série semi-autobiográfica sobre uma mãe solteira a criar duas filhas adolescentes. Em 2017 chega um remake com um elenco maioritariamente hispânico, a propósito do qual o próprio Lear, em entrevista à Variety, disse estarem na calha também novas versões de clássicos como “All in the Family” e respectivos spin-offs como “The Jeffersons” ou “Maude”, bem como “Good Times”, já um spin-off de “Maude” (sim, é confuso: o universo Lear tinha muitas ramificações).

https://www.youtube.com/watch?v=wNFFleycS8k

Taboo, BBC

(10 de Janeiro, FX)

Co-criada por Tom Hardy, o seu pai Edward “Chips” Hardy e Steven Knight, que dirigiu o Hardy mais novo em “Locke”, esta minissérie de oito episódios tem produção executiva de Ridley Scott e centra-se num aventureiro do início do século XIX que, após regressar a Inglaterra vindo de África, onde roubou diamantes, tenta vingar a morte do pai. O elenco inclui nomes como a espanhola Oona Chaplin (neta de Charlie), de “A Guerra dos Tronos”, Michael Kelly, de “House of Cards”, ou Jonathan Pryce, de “Brazil”.

Lemony Snicket’s a Series of Unfortunate Events

(Netflix, 13 de Janeiro)

Mais uma adaptação da saga de livros “Uma Série de Desgraças”, de Lemony Snicket, o pseudónimo do autor americano Daniel Handler, depois de em 2004 se ter estreado nos cinemas “Lemony Snicket — Uma Série de Desgraças”, de Brad Silberling, com Jim Carrey no papel principal. Esta nova versão vem com a benesse acrescida de ter sido escrita pelo próprio Handler, com produção executiva do realizador Barry Sonnenfeld. Nela, Patrick Warburton faz de Lemony Snicket e Neil Patrick Harris é o vilão Count Olaf, à frente de um elenco que inclui também Joan Cusack, Aasif Mandvi, Catherine O’Hara, Don Johnson ou Alfre Woodward. São 26 episódios, sendo que cada dois correspondem a um dos 13 livros da saga.

Riverdale

(The CW, 26 de Janeiro)

A instituição da banda desenhada de adolescentes americana Archie Comics, centrada em Archie Andrews e os seus amigos, ganha uma versão televisiva com imagem real e uma onda à la “Twin Peaks”. A cargo dela está, sob supervisão de Greg Berlanti, o responsável pelas séries do universo da DC e Roberto Aguirre-Sacasa, que trabalhou para a Marvel.

Z: The Beginning of Everything

(Amazon Prime Video, 27 de Janeiro)

Nesta série de Nicole Yorkin e Dawn Prestwich, que trabalharam juntas em fenómenos como “Melrose Place” ou “Battlestar Galactica”, Christina Ricci faz de Zelda Fitzgerald, a célebre esposa de F. Scott Fitzgerald, quando esta ainda era Zelda Sayre. Baseada num livro de Therese Fowler, este olhar sobre a vida conturbada da figura do século XX arranca nos tempos antes de Zelda conhecer o escritor, mostrando como ela se tornou um ícone.

Powerless

(NBC, 2 de Fevereiro)

O universo cinematográfico da DC tem tendência a levar-se demasiado a sério e a ser alérgico a sentido de humor – as pessoas riem-se muito mais à custa de filmes como “Batman vs. Superman” do que com eles. “Suicide Squad” tentou contrariar isso, mas não conseguiu. No caso das séries, isso muda de figura, basta ver “Flash” ou “Supergirl” para o perceber. “Powerless” é, contudo, a primeira sitcom deste universo. Criada por Ben Queen, que escreveu “Carros 2”, foca-se em pessoas sem superpoderes que trabalham na Wayne Security, uma subsidiária da empresa de Bruce Wayne, ou Batman, que se foca em minorar os danos colaterais das grandes lutas de super-heróis. A liderar o elenco está Vanessa Hudgens, de “High School Musical”, acompanha por actores com experiência em fazer rir como Danny Pudi, de “Community”, Alan Tudyk, de “Firefly” e “Rogue One”, o cómico de stand-up Ron Funches, ou Kate Micucci, metade do duo de comédia musical Garfunkel & Oates.

Santa Clarita Diet

(Netflix, 3 de Fevereiro)

Com Drew Barrymore e Timothy Olyphant – de “Deadwood” e “Justified” – como protagonistas, esta série cómica de Victor Fresco, o criador de “Better Off Ted” e “Andy Richter Controls the Universe”, gira à volta de um casal que vende casas em Santa Clarita, a cidade no condado de Los Angeles, na Califórnia, que lhe dá o nome. A sinopse ainda é meio misteriosa: uma mudança dramática traz morte e outras coisas do mesmo campeonato.

24: Legacy

(FOX, 5 de Fevereiro)

A CTU está de volta neste spin-off da saga “24” ao qual Keifer Sutherland, que fez de Jack Bauer na série original de 2001 a 2010, empresta apenas os seus serviços como produtor executivo. “24: Legacy” foca-se antes em Eric Carter, interpretado por Corey Hawkins, de “The Walking Dead” e o actor que fez de Dr. Dre em “Straight Outta Compton”. Carter é um herói de guerra que, após matar um chefe terrorista, regressa aos Estados Unidos perseguido por aliados da sua presa que querem vingança e se junta ao CTU para pedir ajuda e evitar um perigoso atentado terrorista. A acompanhá-lo está todo um novo elenco que inclui actores como Miranda Otto, Jimmy Smits ou Veronica Cartwright, entre muitos outros. A estrutura de tempo real da série anterior mantém-se, mas neste caso serão 12 episódios em vez de 24, com saltos temporais para perfazer um dia completo.

https://www.youtube.com/watch?v=sJsVEfVzkFs

Detroiters

(Comedy Central, 7 de fevereiro)

Como Richard Splett em “Veep” e em pequenos papéis que vão de “Spy” a “Neighbors 2”, passando por “Festa de Natal da Empresa” ou “Ghostbusters”, Sam Richardson tem-se revelado um actor cómico notável. “Detroiters” é a série por ele criada, com produção executiva de Lorne Michaels, o criador de “Saturday Night Live”, e Jason Sudeikis. Com Tim Robinson, que fez parte do elenco de “SNL”, faz o duo de melhores amigos de Detroit, um par de idiotas com uma agência publicitária que tentam lutar para que a cidade se volte a erguer. Só que não são lá muito bons, nem nos anúncios – gloriosamente foleiros e maus, a julgar pela amostra no trailer –, nem na vida em geral.

Legion

(FX/FOX Portugal, 8 de Fevereiro)

Esta criação de Noah Hawley, o homem que transformou “Fargo” dos Irmãos Coen numa brilhante série de antologia, anda à volta de David Haller, ou Legion, um mutante que é filho de Charles Xavier, ou seja, o Professor X dos X-Men, e que passa a vida em instituições psiquiátricas. O que faz com que esta seja a primeira série televisiva a passar-se no universo dos X-Men – e que é independente do Universo Cinematográfico Marvel normal, por não ser explorado pelos estúdios Marvel. A fazer de Legion está Dan Stevens, de “Downton Abbey”, acompanhado por Rachel Keller, de “Fargo” – a série –, Aubrey Plaza, de “Parks and Recreation”, e Katie Aselton, de “The League”, bem como os veteranos Jean Smart e Bill Irwin.

Crashing

(HBO/TV Series, 19 de Fevereiro)

Em Março de 2012, Judd Apatow foi um dos convidados de uma edição ao vivo de “You Made it Weird”, o mui recomendável podcast do cómico de stand-up Pete Holmes. Num segmento, o cómico fazia sugestões de filmes ao produtor, argumentista e realizador, um dos nomes mais poderosos do mundo da comédia americana. Uma dessas sugestões – baseada na vida do próprio Holmes – era sobre um homem que se casava aos 22 anos por ser religioso e se divorciava seis anos depois, quando a mulher o traía com outro homem. A resposta de Apatow? Não era uma comédia, era só trágico. Agora transformou-se em “Crashing”, uma criação de Holmes com produção, realização e usufruto de sabedoria de jedi da comédia sobre os tempos pós-divórcio, quando ainda não tinha uma carreira sólida na comédia e ia dormindo em casa de colegas. Já agora, não foi só Holmes que lucrou com a ida de Apatow ao seu podcast ao vivo: os outros dois convidados, Kumail Nanjiani e Chris Gethard, têm também, respectivamente, um filme e um espectáculo teatral com produção do guru cómico.

https://www.youtube.com/watch?v=0-P1qqbjAi4

Big Little Lies

(HBO/TV Series, 19 de fevereiro)

Baseada no romance homónimo de 2014 da australiana Liane Moriarty, esta minissérie gira à volta de três mães cujos filhos andam juntos na escola. Com vidas aparentemente perfeitas que escondem segredos terríveis, o crime e o homicídio não tardam em chegar. Como se não bastasse ter Reese Witherspoon, Shailene Woodley e Nicole Kidman nos principais papéis, o elenco inclui outros nomes de peso que vão de Laura Dern a Zoë Kravitz, passando por Alexander Skarsgård ou Adam Scott. É uma criação de David E. Kelley, que foi responsável por inúmeras séries de tribunais (e não só) nos últimos 30 anos, entre “Boston Legal”, “Ally McBeal”, “L.A. Law” e “Picket Fences”.

https://www.youtube.com/watch?v=DzeZ0HoApl8

The Good Fight

(CBS, 19 de fevereiro)

Spin-off de “Good Wife” que segue a personagem de Christine Baranski e a sua afilhada Maia (Rose Leslie, de “A Guerra dos Tronos”), após o escândalo financeiro que destrói a reputação da segunda. Juntas começam numa nova firma. Criada pelo mesmo casal responsável pela primeira série, Robert e Michelle King, o elenco inclui nomes como Delroy Lindo, Cush Jumbo, Sarah Steele e até a lenda da Broadway e do cinema Bernadette Peters.

Taken

(NBC, 27 de fevereiro/ TV Series em março)

Uma prequela da trilogia “Taken”, a criação de Luc Besson que transformou Liam Neeson num herói de acção de uma certa idade com um conjunto de habilidades muito particular. Sem o ator, foca-se na sua personagem, Bryan Mills, em jovem, muito antes de lhe raptarem a filha, a ele próprio ou lhe matarem a ex-mulher e tentarem tramar com isso, desta feita interpretada por Clive Standen, de “Vikings”. Foi desenvolvida pelo britânico Alexander Cary, um veterano da Guerra do Golfo que escreveu para “Lie to Me” e “Homeland”.

Marvel’s Iron Fist

(Netflix, 17 de Março)

Depois de “Daredevil”, “Jessica Jones” e “Luke Cage”, chega a vez da Netflix estrear “Iron Fist”, uma nova série dos estúdios Marvel. Centrada em Danny Rand (Finn Jones, de “A Guerra dos Tronos”), um multimilionário nova-iorquino especialista em kung fu com poderes especiais – como o de dar murros ultra-fortes – que regressa à sua cidade 15 anos depois de ter sido dado como morto. Tal como “Daredevil”, tem muitas artes marciais e poucas pessoas de origem asiática, quer à frente quer atrás das câmaras – o que tem causado bastante polémica. Foi desenvolvida por Scott Buck, que escreveu para “Dexter” e “Sete Palmos de Terra”.

Harlots

(Hulu, 29 de março)

Criada pela actriz britânica Alison Newman e pela sua conterrânea Moira Buffini, que escreveu filmes como “Tamara Drewe”, “Jane Eyre” e “Byzantium”, esta co-produção entre a ITV britânica e o serviço de streaming americano Hulu foca-se numa mãe que, ao mesmo tempo que cuida de duas filhas, gere um bordel na Londres do século XVIII e tem de se ver a braços com uma poderosa rival. Com Samantha Morton, que apareceu recentemente em “Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los”, no papel principal, o elenco inclui também Jessica Brown Findlay, de “Downton Abbey”, Eloise Smyth, de “The Frankenstein Chronicles”, e Lesley Manville, presença recorrente nos filmes de Mike Leigh.

The Handmaid’s Tale

(Hulu, 26 de Abril)

Adaptado do romance distópico que Margaret Atwood lançou em 1985, sobre uma sociedade teocrática e totalitária que subjuga mulheres, esta série conta com Elisabeth Moss, a Peggy Olsen de “Mad Men”, no papel principal, além de Samira Wiley, de “Orange is the New Black”, Joseph Fiennes, de “A Paixão de Shakespeare”, Yvonne Strahovski, de “Chuck”, Max Minghella e a veterana Ann Dowd. Foi criada para o pequeno ecrã por Bruce Miller, que trabalhou em séries como “E.R.”, “Eureka” ou “The 100”.